Nem todas as minhas músicas são inteligentes. E nem toda IA é capaz de mudar isso! Resultando numa (Des)inteligência Artificial – DI. O resultado da parceria Aloísio + DI são muitas músicas que tentam se encaixar em um ou em outro gênero, mas não se encaixam, ou que tem temática ou abordagens incomuns. Apesar de resultarem boas músicas – para mim -, não se assemelham a músicas que tocariam em rádios ou seriam incluídas em playlists de streamings.
Essas músicas, acabam identificadas, simplesmente, como: “Músicas com cabeça” – embora nem sempre com muita cabeça – ou “Músicas sem cabeça” – estas, totalmente sem cabeça. Tenho também músicas feitas para público infantil ou sobre o público infantil, que identifico como: “Infantil – #SóQueNão”. E muitas músicas de humor duvidoso: “Besteirol – #Perdão”…
Não sei, ao certo, se essas músicas são ou não são realmente músicas, mas com IA ou DI, tudo vira um produto final, que posso apresentar. Então, compartilho com vocês o resultado aqui.
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Músicas com cabeça
Não estou nem aí
Eu não tenho fome pra tanta comida
Eu não tenho sono pra tanta dormida
Eu não tenho sede pra tanta bebida
Eu não tenho porquê pra tanto correr
Me cansei de almoço, janta e gula
Me cansei de acordar tarde e dormir cedo
Me cansei de buscar sei lá o quê no álcool
Me cansei de correr pra lá e pra cá
O mundo gira, gira, alheio a mim
Noites e dias, se alternam, vem e vão
Pessoas não se importam por mim, não me importo
Há tempos não sonho, não estou nem aí
Me cansei de perseguir algo sem valor
De rezar pra Deus ou pra mim, sem ter fé
De tentar dar sentido à vida, sem nada sentir
Me cansei de viver assim, de viver assim
Ok, já foi
Ok, já foi
Tudo passou
Não fique assim
Foi legal
Enquanto durou
Não era para você
Ter levado a sério
Não sou garota
Do tipo que homem
Deve sonhar
Eu não vivo de sonhos
Vida corre
Eu corro atrás
Não fico parada
No mesmo lugar
Bate um vento
E me leva
Para qualquer lugar
Não vou voltar
Não adianta esperar
Eu já amei, um dia
Mas…
Eu já tentei, um dia
Mas…
Eu já chorei, um dia
Mas…
Eu já sorri, um dia
Mas…
No outro dia
Eu não mais
Bate um vento
E me leva
Para qualquer lugar
Meu maior desejo
É ser livre
Para ir
Para ir
E não retornar
Fique com
As boas lembranças
Não guarde mágoas
Por favor, amor
Eu não sei amar
Bate um vento
E me leva
Para qualquer lugar
Bate um vento
E me leva
Me leva…
Sei lá
Sei lá…
As coisas não saíram como imaginei
Você não é o homem que sonhei
De príncipe a sapo, depois que beijei
Não sei…
Se me faço compreender
Tampouco, se quero me fazer
Você nunca demonstrou querer
Tanto faz…
Talvez não seja você, errado
Talvez seja eu, culpada
Ou algo tenha, simplesmente, mudado
Mas sei…
Que é o fim
Acabou para mim
Tchau
Vem cá…
Vamos tirar um último retrato?
Para rasgar?
Ou deixar guardado?
Sei lá… Tchau
Não sei… Tchau
Tanto faz
Extensões
A extensão do meu lar
Corredor, lixeira, escada
Portaria, elevador
Cisterna, caixa de gordura
A extensão do meu amor
Vai do amor ao ódio
Passando por desejo e frustração
Horas tudo vai bem, horas não
A vida é um turbilhão
De emoções
Os sentimentos são
Jogados pra lá e pra cá
Ainda não sofri de amor
Mas sei que vou sofrer
Ou provocar dor
Mesmo sem querer
Pois não sou marciano
E sei que entre iguais
O amor é bom mas tem
As suas extensões
A vida é um turbilhão
De emoções
Os sentimentos são
Jogados pra lá e pra cá
Eu me larguei no meio
Do oceano
E aguardei por você
Pois não sei nadar
Sem você
Sem você
Eu me sinto como
Ar-condicionado em dia frio
Televisão sem sinal
Sem você
Eu me sinto como
Aparelho de som sem caixa
Computador sem HD
Eletrodomesticado
Conectado em você
Vejo borboletas azuis
Voando no céu azul
Invisíveis
Aos olhos nus
Sou sem sentido
Sem função
Sem emoção
Sem você
Meu bem
Desde que você partiu
Eu não sou ninguém
Amor oculto
Seu medo
Revela o que você
Insiste em esconder
Em suas
frases não ditas
E olhares desviados
Está contida
A sua vontade
De se entregar
Dizer não para o não
Sim para mim
Dizer não, dizer sim
Quem sabe
Menina
Eu não quero mais
Brincar de amor oculto
Menina
Amar é para amar
Essa brincadeira
Eu não curto
Entre 0,5 e 5m
As letrinhas pequenas na tela
Me afetaram a visão
Com o tempo, perto e longe
Fica difícil ter precisão
Anos e anos em computador
Celular e lendo bulas tarja preta
Hoje vejo tudo embaralhado
É preciso forçar a vista, fazer careta
A meio metro não enxergo o caráter
E além de cinco metros, não importa se belo ou feio, bom ou mal
O que ninguém vê não pode me cobrar
O que não vejo, não venha me contar
Tudo depende do ponto de vista
Da última polêmica nas redes sociais
Entre quatro paredes a gente pode ficar nu
Não tenho espelhos em casa, para não me chocar
Amor, não chegue tão perto
Amor não vá tão longe
Nosso amor vai do meio aos cinco metros
Mais perto ou distante tudo pode mudar
Decalque
Você não vai mudar a minha opinião
Eu não vou mudar a sua
Então chega desse blá, blá, blá
Cala sua boca vermelha
E decalca o seu amor em mim
Nas noites frias
Mas noites de lua cheia
Eu não quero muita explicação
Amor, verdadeiro ou não
Só quero quem me aqueça
Encurta a distância e me abraça
Se encaixa entre minhas pernas, se entrelaça
Fala coisas vulgares ao pé do meu ouvido
Suspira, geme, grita, hum… Vai…
Nas noites frias
Mas noites de lua cheia
Eu não quero muita explicação
Amor, verdadeiro ou não
Só quero quem me aqueça
Cala sua boca vermelha
E decalca o seu amor em mim
Tatto
O seu nome gravado
em minha pele
é parte do que sobrou
do nosso amor
Lembranças se foram
com o passar do nosso tempo
minha mente luta para manter
ou apagar recordações
Era tudo tão perfeito
era tudo tão incrível
mas, se era tudo tão assim
por que não é mais assim?
Terminou porque
porque não era assim
eu não fui bom para você
você não foi boa para mim
Mas agora meu reflexo
vive a me lembrar
do seu nome, gravado em meu peito
que não tem como apagar
Está gravado no peito
está gravado no peito
junto com o seu nome, o nosso amor
está gravado no peito
Está gravado no peito
está gravado no peito
junto com o seu nome, o nosso amor
não tem como apagar
Talvez não tenha sido
um romance best-seller
tampouco bem escrito
como trama de novela
Talvez não tenha tido
um final feliz
mas o nosso amor foi bom, foi, sim
Isso, eu não posso negar
Está gravado no peito
está gravado no peito
junto com o seu nome, o nosso amor
está gravado no peito
Está gravado no peito
está gravado no peito
junto com o seu nome, o nosso amor
não tem como apagar
Sentimento ruim
Sentimento ruim
Este que sinto presente
Na sua ausência
Seu rosto já não vejo
Quando fecho os olhos
E tento sobreviver
O tempo passa
Cronometrando cada minuto
Que resta de mim
Dia a dia vai
Cobrindo de cal as lembranças
Me enterrando aqui
Vai você que já foi
Vai você que já foi
E eu aqui
Hoje eu te vi voando
Através da janela
No voo de um Bem te Vi
Hoje eu lhe senti
No perfume das flores
Coloridas do jardim
Ah… como queria
Ainda rodopiar ao seu lado
Sorridente no ar
Pois tudo que é belo
É belo por ti
Menos eu aqui
Vai você que já foi
Vai você que já foi
E eu aqui
Jabuticabeiras
Jabuticabeiras no quintal
Roupas penduradas no varal
Crianças correndo com os pés no chão
Moleques empinando pipas no ar
Ah, que saudade eu sinto
Quando ouço o barulho do mar
As ondas quebrando
As memórias a se misturar
Era pequeno quando parti
Seguindo o destino de meus pais
Na cidade, cresci, conquistei meu lugar
Mas, à noite, sempre quero voltar
Bola rolando no campo de várzea
Merenda dividida no intervalo da aula
Ah, que saudade eu sinto
Daquela vida mais calma
Trepar no pé e colher frutos com as mãos
Brincar de roda e de pique
Conversar nos portões das casas
Ter sonhos simples e ser mais feliz
Ah, que saudade eu sinto
Daquela vida mais calma
Ter sonhos simples e ser mais feliz
Dor é dor
Dor é dor
não se compara
Não existe uma escala
para dizer
que dor dói mais
Se a dor que um sente
é maior ou menor
do que a dor do outro
Pelo fim de um namoro
Pela perda de um filho
Pela despedida de um pai
Dor, dói, dói
Dor, que dói no peito
Dor, dói, dói
Dor, que não tem jeito
Cada um sente de um jeito
Cada um reage de um jeito
A duração de um dia
e de uma noite
é sempre a mesma
Com pequenas variações
se primavera, verão, outono ou inverno
Mas as estações da alegria e da dor
são pessoais
Para alguns, a dor tem que passar
Para outros, não faz mais sentido
sonhar
Dor, dói, dói
Dor, que dói no peito
Dor, dói, dói
Dor, que não tem jeito
Bem ou mal me quer
As borboletas já voaram
o perfume das rosas
tomou o ar
As aves já cantaram
as crianças começaram
a brincar
As bolas rolaram
os velhos resmungaram
sem parar
As pipas não subiram
foi preciso correr
para plainar
As pétalas já
se despetalaram todas,
exceto uma…
bem-me-quer
ou mal-me-quer
As pétalas já
se despetalaram todas,
exceto uma…
bem-me-quer
ou mal-me-quer
bem-me-quer
ou mal-me-quer
As borboletas já voaram
as aves já cantaram
as bolas rolaram
as pipas não subiram
O perfume das rosas
as crianças começaram
os velhos resmungaram
foi preciso correr
Tomou o ar
a brincar
sem parar
para plainar
As pétalas já
se despetalaram todas,
exceto uma…
bem-me-quer
ou mal-me-quer
bem-me-quer
ou mal-me-quer
bem-me-quer
ou mal-me-quer
Indo por aqui
As coisas estão indo por aqui
Em fase de mudanças
Sem rumo e sem destino
Se isso é bom ou ruim, não sei
A vida está andando
Só o tempo vai dizer, quando chegar
O que fica registrado na memória
Sangra ou faz sangrar
Não dou valor a calmaria
Se você busca um porto em mim
Vai se afogar
Não dou valor à proteção
Vivendo preso ao seu lado
Eu não vou te amar
O que fica registrado na memória
Sangra ou faz sangrar
Não dou valor a calmaria
Eu não sou porto
Não dou valor à proteção
Eu não me importo
O que fica registrado na memória
Sangra ou faz sangrar
Trem desgovernado
Como um trem desgovernado
sigo em rota de colisão
Sem apreciar o que fica para trás
ou em meu campo de visão
As luzes riscam a paisagem
vejo crianças, adultos, um cão, gatos
Só o tempo não passa
não me vejo velho no vagão
O bilheteiro pede a passagem
mas ainda não decidi para onde ir
O maquinista apita impaciente
parece ter pressa e por que seguir
Olho ao redor: estou só
Só existe o caminho
Os trilhos que se estendem
invisíveis, imprevisíveis
atropelando o tempo e o destino
Olho ao redor
estou deitado no trilho
acelerando o trem
assistindo a tudo indiferente
Eu não tenho pressa
ninguém espera por mim
Eu não tenho pressa
não espero por ninguém
Eu não espero nada de mim
Eu não espero nada de mim
Sigo desgovernado
Sou trem desgovernado
Para onde olham
Para onde o pombo olha
Com um olho para cada lado
Para onde a mosca olha
Com tantos focos de visão
Para onde o velho olha
Com seus óculos embaçados
Para onde que o cego olha
Já não tendo mais visão
Para onde a vista aponta
A vida apronta
Avança a passarada
Formando uma seta no céu
Apontando para o infinito
Para onde os olhos dos peixes olham
Para onde os olhos das tartarugas olham
Para onde os olhos dos elefantes olham
Com aquela tromba enorme no meio
Para onde olham os avarentos, os desiludidos
Para onde olham os olhos
Dos apaixonados, das pessoas com receio
Para onde a vista aponta
A vida apronta
Voam as borboletas
Colorindo o céu
Deixando tudo mais bonito
Para onde os seus olhos olham
Quando eu não estou por perto
Que outras pessoas os seus olhos veem
Quando não olham para mim
O que o seu olhar diz ao seu coração
Quando encontra o meu
Quando nós nos refletimos
Eu no seu olhar, você no meu
Para onde a vista aponta
A vida apronta
Batem mais fortes os corações
Refletindo no olhar
Nossa paixão
Para onde olham as formigas
Como é a vida da minhoca sem ter olhos
O que vê o tatuí enterrado na areia
Ou o caracol recolhido para dormir
Para onde olham os gatos e os cães
Para onde olham as cobras e as aranhas
Eu não quero nem olhar
Para onde olham… Para onde… Para
Transitório
No transitório de nós dois
Existe eu, existe você e existe nós
Cordas emaranhadas que nos atam
Cordas emaranhadas que não desatam
No transitório desses nós
Existe nós
Corpos e almas, alegrias e tristezas
Entrelaçadas
Cordas emaranhadas que não…
… perguntam o que eu quero
… perguntam o que você quer
… não oferecem opções
No transitório de nós e nossos nós
Existem o ato, o fato
O meu, o seu, o nosso
Do acaso, do descaso, do destino
Nós difíceis de desatar
Sabotagem
Sabotagem
Tem pessoas
Que não precisam
De inimigos
Elas se destroem
Sozinhas
Se auto destroem
Sabotagem
São boas pessoas
O mal é consequência
Não um ideal
Bons meninos
Bons amantes
Bons filhos, pais
Sabotagem
São mestres da sabotagem
Da auto sabotagem
Bombas armadas para explodir
Tic tac, tic tac, tic tac
Todos sabem
Quando está tudo bem
Sabotagem
Tic tac, tic tac, tic tac
Todos esperam
Elas contam as horas
O que muda é
Quando, como e onde
Não precisa porquê
Sabotagem
São mestres da sabotagem
Da auto sabotagem
Tic tac, tic tac, boommm
Elas tentam evitar
Elas tentam se desculpar
Mas é inevitável, boommm
Sabotagem
Tá no corpo
Tá na alma
Tá só na espera…
Sua linha do destino
É um pavio
Basta acender e detonar
Sabotagem
Tic tac, tic tac, boommm
É inevitável, boommm
Os sonhos que sonho
Toda manhã, quando acordo
Lembro de você
Toda noite, quando deito
Tento te esquecer
Durante o dia, não importa
O que faço, o que penso
Para ocupar a minha mente
Pois, nela, só cabe você
Por sorte, não lembro
Dos sonhos que sonho
Pois, com certeza
Sonho com você
Tempos atrás, fazia sentido
Ser seu, viver por você
Você era minha, vivia por mim
Hoje, por quem é e vive você?
Amar, é tão complicado
Quando se entrega e dá errado
É sentimento sem prazo estimado
Que afeta diferente a cada lado
Por que você partiu?
Deixando toda essa bagagem para trás?
Por que você partiu?
Me deixando para trás?
Por sorte, não lembro
Dos sonhos que sonho
Já basta, acordado
Você todo dia a dia
Assim… tão distante
Assim… tão presente
Acabou o tempo
Acabou o tempo
Acabou o tormento
Seja não
Seja sim
Ou talvez
Agora você vai dizer
Não
Não tenha medo de me magoar
Sim
Você pode me fazer feliz
Talvez
Eu escute o que eu não quero escutar
Mas não posso mais aguardar
Você pediu um tempo para pensar
Eu te dei
Preferi não pensar por quê
Porque…
Você deve ter seus motivos
Eu tenho os meus
Mas…
Eu não posso mais esperar
Acabou o tempo
Acabou o tormento
Seja não
Seja sim
Ou talvez
Agora você vai dizer
O que eu sinto por você
É forte
As minhas intensões são
As melhores
Mas eu não tenho medo de
Ouvir não
Eu sou homem
Fui criado para não
… chorar
Sim
Você pode me fazer feliz
Talvez eu
Mereça
Mas
Seja lá o que passa pela sua cabeça
Meu bem
Eu vou lhe ouvir
Para onde devo seguir
Me diga então
Para onde devo seguir
Se não devo seguir
Mais ao seu lado
Por toda uma vida
Segui seus passos
Implorando atenção
Mendigando afagos
Me diga então
Para onde devo seguir
De onde vim, já nem lembro
Para onde vou, faz tanto tempo
Por toda uma vida
Segui seus passos
Implorando atenção
Mendigando afagos
Me diga então
Para onde devo seguir
Se não devo seguir
Mais ao seu lado
Preciso de um GPS
Para me guiar
Para bem longe de onde
Nossos passos se cruzaram
De onde vim, já nem lembro
Para onde vou faz tanto tempo
Por toda uma vida
Segui seus passos
Implorando…
Mendigando….
Me diga então
Onde devo me procurar?
Que seja o que for
Eu tenho muitos anos
poucos planos
e você ainda tem
tanto a fazer
Me olhando no espelho
eu não vejo refletido
o homem que você deseja
junto a você
Mas o acaso
nos colocou lado a lado
o sentimento aflorou
e não quer nem saber
Amor
que seja o que for
pelo tempo
que for
E nos leve até onde
a sua ficha cair
Amor
que seja o que for
pelo tempo
que for
E nos leve até quando
a sua ficha cair
E o pouco
que ofereço a você
seja visto como pouco
por você
E o muito
que você me dá
seja somente
uma linda lembrança
Gosto da vida
Gosto de portas fechadas
Janelas com grade
Remédios sem tarja preta
Gosto de facas sem corte
Armas sem balas
Carros estacionados
Gosto de estações de Metrô
Sem música clássica
De pontes com parapeito
Gosto de partir e retornar
De andares baixos
Ou simplesmente ficar
Eu gosto da vida
Eu não gosto da morte
Mas a morte cisma
Em perseguir a vida
Vida persegue
A morte persegue
A vida persegue
Morte persegue a vida
Morte persegue
A vida persegue
A morte persegue
Vida persegue a morte
Morte persegue a vida
Vida persegue a morte
Eu gosto de tardes
Ensolaradas
De pisar descalço na areia
Eu gosto de praças
Com crianças brincando
Gosto de rua cheia
Eu gosto de não
Pensar em nada estar
Em paz comigo
Eu gosto das noites
Do céu estrelado
Do sol e da lua cheia
Eu gosto da vida
Eu não gosto da morte
Mas a morte cisma
Em perseguir a vida
Vida persegue
A morte persegue
A vida persegue
Morte persegue a vida
Morte persegue
A vida persegue
A morte persegue
Vida persegue a morte
Morte persegue a vida
Vida persegue a morte
Sigo na estrada sozinho
Já caminhei um caminhão de passos
Os descompassos eu deixei pra trás
Estes eu já nem mais calculo
Só quero seguir adiante em paz
Os caminhos se juntam e bifurcam
Viram para lá e para cá
Às vezes, eles seguem adiante
Às vezes, voltam para trás
Pessoas, coisas e lugares
Ao longo da estrada se perderam
Dentro de mim não cabe mais nada
Sigo na estrada sozinho
As vezes correndo, as vezes devagar
As vezes divagando, as vezes sem nada pensar
Sigo na estrada sozinho
Sigo na estrada sozinho
Não sei até quando eu vou
Não sei onde eu vou chegar
Sigo na estrada sozinho
Sigo na estrada sozinho
Mas depois de tanto tempo
Isso já nem mais me importa
Sigo na estrada sozinho
Sigo na estrada sozinho
As vezes de terra batida
As vezes de cimento e asfalto
As vezes de uma cidade a outra
As vezes até nenhum lugar
As vezes íngreme e curva
As vezes reta e plana
As vezes acompanhado de alguém
Mas normalmente sozinho
Sigo na estrada sozinho
Sigo na estrada sozinho
Sigo na estrada sozinho
Prossigo
Essa menina
Quem é essa menina
Que chegou sem avisar
Mudando a minha vida
Me ensinando a amar
Quem é essa menina
Que fica a me olhar
Com seus pequenos olhos
Brilhante despertar
Como se eu fosse um herói
Razão do seu sorriso
Mas é ela quem me constrói
Quem me dá motivo
Quem é essa menina
Que fica a me escutar
Cantarolando uma canção
Que fala sobre amar
Quem é essa menina
Com os bracinhos esticados no ar
Tentando pegar no céu
Os anjinhos a voar
Me fez seu pai, seu parceiro
Professor e aprendiz
Consumimos o mundo inteiro
Viveu plena, foi feliz
Tão forte
Tão frágil
Tão dependente e capaz
Tão difícil
Tão fácil
Tão breve e eterna
Tão distante
Tão presente
A eternidade do seu sorriso
Um anjinho no céu
A voar
A eternidade do seu sorriso
Um anjinho no céu
Me leva
A voar
Um dia atrás do outro
Um dia atrás do outro
Um dia atrás do outro
As vezes enche o saco
Mas não existe
Um dia igual ao outro
São nas pequenas coisas
Que o novo se esconde
E quando a gente menos espera
Ele chega para nos envolver
É o acaso da vida
É a vida criando o acaso
Dependendo ou não de nós
Um novo dia vai amanhecer
Por isso esteja atento
Por isso esteja preparado
Um dia atrás do outro
Faça por merecer
Um dia atrás do outro
Um dia atrás do outro
Às vezes é enfadonho e chato
Mas não existe
Um dia igual ao outro
Uma coisinha aqui, outra ali
Uma nova forma de olhar
E quando se dá conta vem
Um dia a dia sempre novo
Um dia atrás do outro
Um dia atrás do outro
Às vezes é tão recorrente
Novo, novo, novo, novo
Que nem parece novo
Ah…
Que venha o novo
De novo
Me perdoe, amor
Tem gente correndo, tem gente parando
Tem gente voando, tem gente caindo
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Tem gente querendo, tem gente odiando
Tem gente pedindo, tem gente se dando
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Tem gente sorrindo, tem gente sofrendo
Tem gente matando, tem gente morrendo
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Tem gente se arriscando
Se contendo ou desistindo
Tem gente se descobrindo
Crescendo ou se submetendo
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Neste exato momento em que
Você está pensando em mim
Tem gente se vendendo por um tostão
Tem gente implorando por ajuda ou perdão
Tem gente passando fome, frio, medo ou privação
Gente doente, sem remissão
Então…
Me perdoe…
Amor…
Se neste exato momento
Eu não estou
Pensando em você
Me perdoe, amor
Se neste exato momento
Eu não estou
Pensando em você
Me perdoe, amor
Se neste exato momento
Eu não estou
Pensando em você
Meu hoje
O meu hoje
Reflete muitos ontens
O meu hoje
Projeta poucos amanhãs
O meu hoje
Chora pela perda de um filho
Chora por duas separações
E três, quatro ou cinco culpas
Que ainda tem para pagar
O meu hoje
Não deseja amor ou amizade
Tanto faz isso ou aquilo
Não planeja ter ou conquistar
Prossegue só por prosseguir
O meu hoje
O meu ontem que nunca passa
O meu hoje
O meu amanhã que nunca chega
O meu hoje
Nessa linha torta do tempo
Prossegue contra o vento
Quero morrer lúcido e novo
Sem fugir, sem esquecer
E, quem sabe, caso exista
Vida além da vida
Haja algo, alguém para acolher
Minha vida errada, meu sofrer
O meu ontem
O meu hoje
O meu amanhã
Felicidade, quem sabe, caso exista
Além
O meu ontem
O meu hoje
O meu amanhã
Paz, quem sabe, caso exista
Amém
Storm
In the sky
the clouds cover
our steps
The sun
seems unlikely
to return
To take its place
to warm my heart
to shine for you
Our shattered dreams
past and tomorrow
nonexistent
I can’t remember
your face
when I close my eyes
But my body
still desires yours
exhaling your perfume
Will the winds
ever change
carry the clouds away
Let the sun shine
or carry you
to another place?
Maybe I can
smile again
to wish and want
To be carried
by the storm
to lose myself…
Tradução: Tempestade
No céu
as nuvens encobrem
nossos passos
O sol
parece improvável
voltar
Tomar seu lugar
aquecer meu coração
brilhar por você
Nossos sonhos desfeitos
passado e amanhã
inexistentes
Não consigo lembrar
seu rosto
quando fecho os olhos
Mas meu corpo
ainda deseja o seu
exala o seu perfume
Será que os ventos
irão mudar
levar as nuvens embora
Deixar o sol brilhar
ou carregar você
para outro lugar?
Talvez eu possa
voltar a sorrir
desejar e querer
Ser levado
pela tempestade
me perder…
Pesadelos dos sonhos
Eu não devia ter
Me entregado
Eu não devia ter
Me iludido
Lhe confiado certezas
Que tenho por poucos
Eu não devia ter
Me atirado
Sem temer
A altura, a queda, os danos
E se hoje eu sofro
É por culpa minha
Não foi por falta
De avisos
Lembro de alguém
Ter me alertado
Desconfie de fala mansa
Desconfie de sorrisos fáceis
E se hoje eu sofro
É por culpa minha
A razão
Até se fez presente
Mais de uma vez
Estranhei seus atos
Mas meu coração carente
Traiu minha mente
E se hoje eu sofro
É por culpa minha
Eu não devia ter
Me entregado
Eu não devia ter
Me iludido
Lhe confiado certezas
Que tenho por poucos
Eu não devia ter
Me atirado
Sem temer…
Os riscos, pesadelos dos sonhos
Guerra diária
Escolha bem
Quem você quer ao seu lado
Ter medo
Não impede ter coragem
Mas um covarde
Será sempre um covarde
Não tema estar sozinho
Às vezes, é melhor estar só
Lute por si
Pelo que quer
Pelo que acredita
Tenha ideais
Na guerra
Só não sofre
O primeiro a morrer
Derrotados e vitoriosos
Pagam seu preço
Por sobreviver
A história
É escrita e reescrita depois
Para dar sentido
À vida e à morte
À vitória ou à derrota
À narrativa mais forte
O vilão, dessa história
Pode ser você
Amanhã…
É preciso pensar, hoje
No que você quer fazer
Em quem você quer ser
Há quem tema
A terceira grande guerra mundial
Mas não vê, no Planeta Terra, ano 2025
Tanta gente sofrendo, sendo explorada e morrendo
Nessa guerra diária, real e virtual
Que é viver
Amanhã
Tá tudo indiferente agora
Já não me importa quem ficu
Quem foi embora
Já não importa quem
Tem ou não tem culpa
Infelizmente
As pessoas só param de brigar
Quando param de amar
Se parassem antes
Talvez o amor durasse mais
E o tempo passa
E os aviões chegam e partem
As estações se alternam
As folhas caem, as flores desabrocham
A criança sorri
A mulher chora
Mas amanhã
Eu não vou estar nem aí para você
Outra história vai
Me engrandecer
Vai estar tudo diferente
Alguma hora
Meu eterno
Às vezes não encontro
a palavra certa para dizer
tudo que eu sinto
e não sinto por você
Às vezes eu sequer
sei se sei ou se não sei
o que tanto me aflige
o que quero lhe dizer
É tudo tão novo para mim
é tudo tão lindo, tão intenso
eu nunca senti amor assim
amor que sinto eu não penso
Você grudou em minha pele
se embrenhou em minha carne
e ocupou cada pedaço
do meu resto
Se instalou dentro de mim
se apossou do meu coração
fazendo de mim parte de ti
e de ti meu todo
Você é o ar que eu respiro
Você é o meu alimento
você é a minha alegria
é o meu contentamento
Você é a história mais bela
é o meu algo mais precioso
você é o meu presente
é o meu eterno
O que não foi não será
Já não há mais espaço pros sonhos
Já não há mais desculpa pros erros
Já não há mais esperança ou planos
Já não há mais tempo a perder
Tudo o que havia de ser já foi
E o que não foi não será
Não adianta chorar no chuveiro
Nem gritar pro vento levar
O mundo gira a engrenagem do tempo
Noites e dias dentro de mim
Lembranças por vezes me atormentam
Alegria se põe pra tristeza raiar
Ah,
E o que não foi não será
Já não há mais tempo a perder
Já não há mais desculpa pros erros
Já não há mais esperança ou planos
Já não há mais espaço pros sonhos
Tudo o que havia de ser já foi
E o que não foi não será
Não adianta chorar no chuveiro
Nem gritar pro vento levar
A vida gira o mundo adiante
Nos desafia noites e dias
De nada importam o passado e o querer
Vida se põe pra vida raiar
Ah,
E o que não foi não será
No avesso
No avesso da vida o verso
Sombra que assombra o sonho
Ir para onde a mente não chega
Se abrir a novas perspectivas
Ver-se tão pequeno
Diante do talvez
Você que você desconhece
Você que você desconhece
Você que você desconhece
No avesso da vida há fé
Que independe da fé
A razão maior que a ilusão
Caminho de ida sem volta
No avesso da vida, o verso
Na vida do avesso há vida
Há vida no verso
Há vida em você que você desconhece
Há vida em você que você desconhece
Há vida em você que você desconhece
Tantas vidas
São tantos os caminhos
As bifurcações
São tantos os traçados
As direções
Por que seguir por aqui
E não por ali
Por que essa vida minha
E não outra
Quem tomará pelas mãos
O destino
Nem tudo que vivi
Fui eu que escolhi
A vida não é uma
A vida são tantas
Tantas vidas
Vividas ou não
Por que essa
Vida minha
Por que aquela
Vida sua
Nossos caminhos
Se perderam de vista
Quando pareciam
Um só
Por que não chorei
Por que não corri atrás
Simplesmente aceitei
Você não mais
A vida não é uma
A vida são tantas
Tantas vidas
Vividas ou não
O tempo vai passando
Só há uma certeza
Outras coisas e pessoas
Vão ocupar seu lugar
Mas quando calo o cérebro
E deixo o coração falar
Me questiono:
Por que não chorei
Por que não corri atrás
Por que…
Essa saudade louca
Por você
A vida não é uma
A vida são tantas
Tantas vidas
Vividas ou não
Entre tantas vidas
Por que essa
Eu sem você
Você sem mim
Homeopathic suicidal
A hundred-year-old child
Told me not to give up
She said: Life is beautiful
Even when the sun doesn’t touch your heart
I smiled, I thanked her
But I kept drinking my poison
Day after day, in small doses
Because…
The rain falls, evaporates, and returns to the sky
Water shifts its form and place
But it never disappears
A plant wilts, dies, enriches the earth
And another grows
Even without Man, the Earth blooms
Everything is connected
Opposites or equals
Hatred and love
Joy and pain
Life and tomorrow
And death
But I can’t find my place here
I can’t find a reason anymore
Nor someone to walk beside me
Who would notice if tomorrow
I shave my beard, cut my hair, or slit my wrists
It’s just another day
Child, it’s just another day
No one expects anything from me anymore
No beauty, no meaning
Not even that I’ll make it to the end
I want to die young, like my parents did
I want to die young, like my parents did
Before my children grow up
And hold me accountable for my mistakes
The new doesn’t want what’s old
The old can’t erase its past
I had my chance
I want to die young, like my parents did
I want to die young, like my parents did
There’s no way to go back, undo the mistakes
Or pay the debt life demands
I want to die young, like my parents did
I want to die young, like my parents did
I want to die young
I want to die
Tradução: Suicida homeopático
Uma criança de cem anos
Disse para eu não desistir
Ela disse: A vida é bela
Mesmo quando o sol não toca seu coração
Eu sorri e agradeci
Mas continuei bebendo meu veneno
Dia após dia, em pequenas doses
Porque…
A chuva cai, evapora e retorna ao céu
A água muda de forma e de lugar
Mas nunca desaparece
A planta murcha, morre, aduba a terra
E outra cresce
Mesmo sem o Homem, a Terra floresce
Tudo está ligado
Os opostos ou os iguais
O ódio e o amor
A alegria e a dor
A vida e o amanhã
A morte
Mas eu não encontro meu lugar aqui
Mas eu não encontro mais motivos
Nem alguém para andar ao meu lado
Que note se amanhã
Eu cortar a barba, os cabelos ou o pulso
É só mais um dia
Criança, é só mais um dia
Ninguém espera mais nada de mim
Nem beleza, nem sentido
Nem que eu chegue até o fim
Eu quero morrer jovem, como meus pais
Eu quero morrer jovem, como meus pais
Antes que meus filhos cresçam
E me cobrem pelos meus erros
O novo não quer de novo
O velho não apaga seu passado
Eu tive minha chance
Eu quero morrer jovem, como meus pais
Eu quero morrer jovem, como meus pais
Não há como voltar, desfazer os erros
Nem pagar a dívida que a vida cobra
Eu quero morrer jovem, como meus pais
Eu quero morrer jovem, como meus pais
Eu quero morrer jovem
Eu quero morrer
Infantil – #SóQueNão
Amarelinha – Projeto “Brincadeiras de rua”
A borboleta passou
amarela pela janela
forçando a minha vista para fora
céu azul, arvores verdes, terra batida
à frente a vida
tão boa de percorrer
Feito criança correndo
atrás de qualquer sonho ou desafio
brincadeira com amigos ou só
amarelinha riscada no chão
o caminho leva ao céu
atire a pedrinha, preste atenção
De um a três em linha reta
pulando de casa em casa
em um pé só
quatro, cinco, pisa com os dois pés
seis, sete e oito, nove e chegou ao céu
chegou ao céu, bateu, voltou
Não esqueça de pular os desafios
as pedras no caminho
mesmo para as crianças estão lá
rá, rá, rá, rá, rá
todos vão rir se você errar
rá, rá, rá, rá, rá
todos vão rir se você errar
Sorrindo
sorrindo
sorrindo
gargalhando
Atira a pedrinha
pula de casa em casa
ou de duas em duas
até chegar ao céu
Sorrindo
sorrindo
sorrindo
gargalhando
Pião – Projeto “Brincadeiras de rua”
Roda pião
Na terra batida
Roda pião
Na palma da mão
Roda pião
No quintal ou na rua
Roda pião
Roda pião
Roda pião
Roda pião
As crianças em roda
Roda pião
Os adultos também
Roda pião
Todos aguardam
Roda pião
Roda pião
Roda pião
Roda pião
De madeira, com prego na ponta
Roda pião
De metal e luzinha piscante
Roda pião
De plástico, engrenagem ou pilha
Roda pião
Roda pião
Roda pião
Enrola a corda ao redor e atira
Ao chão pro pião rodar
Da corda na roldana do troço
Ou aperta o botão pra disparar
Roda pião
Roda pião
Roda pião
Tradição passada de pai pra filho
De avó pra neta
De irmão para irmão
Seja adulto, jovem ou criança
Não há quem não se encante
Com o rodar do pião
Roda pião
Roda pião
Roda pião
Corda – Projeto “Brincadeiras de rua”
Pula a corda
Pula, pula
Em um pé só
Pula a corda
Pula, pula
Com os dois pés
Pula a corda
Pula, pula, pula
Acelerando
Pula a corda
Pula
Devagar
Pula a corda
Pula pra frente
Pula pra trás
Pula a corda
Pula sozinho
Ou com alguém mais
Pula, pula, pula
Cruzando a corda
Com duas cordas ou mais
Pula, pula, pula
Para se divertir
Ou para competir
Pula a corda
Pula, pula
Estala a corda no chão
Pula a corda
Pula, pula
Tirando um raspão
Pula a corda
Pula, pula
Vem você também pular
Pula a corda
Pula, pula
Sem ter medo de errar
Pula, pula, pula
Pula a corda
Pula, pula
Em um pé só
Com os dois pés
Pula a corda
Pula, pula
Pula pra frente
Pula pra trás
Pula a corda
Pula, pula
Vem você também pular
Pula a corda
Pula, pula
Sem ter medo de errar
Pula, pula, pula
Piques – Projeto “Brincadeiras de rua”
Pique tá comigo
Pique tá com você
Pique bandeirinha
Polícia e ladrão
Pique esconde esconde
Meus pintinhos venham cá
1, 2, 3, estátua
Cabra cega vai te pegar
É bom brincar de pique
Correr pra lá e pra cá
E em cada brincadeira
Ver algo novo se revelar
É bom brincar de pique
Correr pra lá e pra cá
E em cada brincadeira
Ver algo novo se revelar
Pique tá comigo
Pique tá com você
Isso pouco importa
Ninguém joga pra vencer
Pique bandeirinha
Polícia e ladrão
Se a gente não brincar junto
Não tem brincadeira não
É bom brincar de pique
Correr pra lá e pra cá
Pique esconde esconde
Meus pintinhos venham cá
E em cada brincadeira
Ver algo novo se revelar
1, 2, 3, estátua
Cabra cega vai te pegar
É bom brincar de pique
Correr pra lá e pra cá
Pique esconde esconde
Meus pintinhos venham cá
E em cada brincadeira
Ver algo novo se revelar
1, 2, 3, estátua
Cabra cega vai te pegar
Roda – Projeto “Brincadeiras de rua”
Roda, roda
Roda a roda
Roda, roda
Para lá e para cá
Entre na roda
Para rodar
Roda, roda
Eu e você
Roda, roda
Quem vai querer
Quanto mais gente
Na roda
Maior a roda
Mais vai rodar
Roda, roda
Roda a roda
Roda, roda
Para lá e para cá
Entre na roda
Para rodar
Roda, roda
Eu e você
Roda, roda
Quem vai querer
Brincar de roda
Quanto mais gente
Na roda
Maior a roda
Mais vai rodar
Roda, roda
Mundo a rodar
Roda, roda
Vida a rodar
Roda, roda
Dias e noites
Roda, roda
Roda, roda
Eu
e você
Pipa – Projeto “Brincadeiras de rua”
Toma distância
Estica a linha
Aponta a pipa pro céu
E espera o vento soprar
Toma distância
Estica a linha
Aponta a pipa pro céu
E começa a correr
Para fazer a pipa precisa
De bambu, corda, cola e papel
Para empinar a pipa precisa
De espaço e azul no céu
Toma distância
Estica a linha
Aponta a pipa pro céu
Olha que dia bonito
Tá cheio de pipas no ar
O céu está tão colorido
Só falta a minha pipa a plainar
Toma distância
Estica a linha
Aponta a pipa pro céu
Eu tenho pressa e o vento não sopra
Eu corro para a pipa empinar
Eu tenho pressa e o vento não sopra
Eu corro para a pipa empinar
Eu corro para a pipa empinar
Eu corro para a pipa empinar
Eu corro para a pipa empinar
Cinco Marias – Projeto “Brincadeiras de rua”
Atira a Maria pro alto
Pega a segunda Maria e não deixa
Nenhuma Maria cair
Atira a Maria pro alto
Pega a terceira Maria e não deixa
Nenhuma Maria cair
Atira a Maria pro alto
Pega a quarta Maria e não deixa
Nenhuma Maria cair
Atira a Maria pro alto
Pega a quinta Maria e não deixa
Nenhuma Maria cair
Para brincar de Cinco Marias precisa
De cinco saquinhos de areia
Mas com cinco pedrinhas já é possível
Brincar de Cinco Marias
Atira as cinco Marias no chão
Escolhe uma e arremessa pro ar
Enquanto uma Maria voa
As outras Marias se põe a catar
Atira uma Maria pro alto
Pega de duas em duas Marias
Atira uma Maria pro alto
Pega uma, pega três Marias
Atira uma Maria pro alto
E pega as quatro Marias de uma só vez…
Não deixe nenhuma Maria cair
Não deixe nenhuma Maria cair
Não deixe nenhuma Maria cair
Besteirol – #Perdão
Lobos vermelhos
Não saia de saia na sexta
não saia de saia na sexta
na sexta é dia do lobo uivar
na sexta é dia do lobo uivar
auuuuuuuuuuu…
Foi numa sexta-feira
que chapeuzinho saiu pra levar
uma cesta repleta de doces
pra vovozinha alegrar
Vestia uma capa vermelha
com capuz pra se proteger
do sol, do frio e da chuva
essa a origem do seu apelido
Não saia de saia na sexta
não saia de saia na sexta
na sexta é dia do lobo uivar
na sexta é dia do lobo uivar
Mas a história que a história conta
não tem a ver com a realidade
não era a cesta repleta de doces
que o lobo mal desejava
Por baixo da capa vermelha
uma minissaia chapeuzinho usava
e por ver as suas pernas de fora
é que o lobo tarado uivava
Não saia de saia na sexta
não saia de saia na sexta
na sexta é dia do lobo uivar
na sexta é dia do lobo uivar
auuuuuuuuuuu…
Para encurtar essa história
deixemos de lado a vovozinha
e mesmo o lenhador não merece
aqui mais do que uma linha
Foi em uma curva da estrada
que o lobo abordou chapeuzinho
com os seus olhos arregalados
e cheio de baba o focinho
Não saia de saia na sexta
não saia de saia na sexta
na sexta é dia do lobo uivar
na sexta é dia do lobo uivar
E nunca mais se teve na vila
notícias de chapeuzinho
e tampouco do lobo mal
que vivia no bosque sozinho
Mas dizem as más línguas de lá
que os dois se amigaram
e uma ninhada de lobos vermelhos
surgiu na floresta a uivar
e uma ninhada de lobos vermelhos
surgiu na floresta a uivar
Não saia de saia na sexta
não saia de saia na sexta
na sexta é dia do lobo uivar
na sexta é dia do lobo uivar
auuuuuuuuuuu…
Zumbizolandia
Na Zumbizolandia
Que lugar é esse?
Na Zumbizolandia
Na Zumbizolandia
Todo mundo é igual
Não existe belo ou feio
Defeituoso ou normal
Na zumbizolandia
Na Zumbizolandia
Mesmo não tendo pernas
Braços ou metade da cabeça
Seja morto vivo
Ou já morto de dar dó
Na Zumbizolandia
Ei,
O que vocês estão fazendo?
O que vocês estão querendo?
Não…
Me soltem…
Socorro!
Ah…
Na Zumbizolandia
Também é o seu lugar
Não erre o caminho
Entrou, tem que ficar
Na Zumbizolandia
Ah…
Na Zumbizolandia
Não existe bem ou mal
Na Zumbizolandia
Só o desejo de comer
Só o desejo de comer
Só o desejo de comer
Socorro!
Alguém me ajuda!
Globaquisição
Tênis da moda, sem meia, bermudão
Camisa, relógio e anel na mão
Cabelo espetado, óculos Hey Bom
Ai,pode? e celular falsificados
No bolso, não tem um tostão
Mas ginga, sobra de montão
É a tal da globaqui…
É a tal da globali…
É a tal da globalização
É a tal da globali…
É a tal da globaqui…
É a tal da globaquisição
Não deu para o original
Compra no mercadão
Não deu pro McDonald’s
Vai de podrão
O importante é a globalização
Todo mundo quer os mesmos bens
Mas nem todo mundo pode comprar
É um merchandising ali, uma propaganda aqui
E tem que se consolar com a falsificação
O importante é a globaquisição
Ou, para ter
– Perdeu playboy!
É a tal da globaqui…
É a tal da globali…
É a tal da globalização
É a tal da globali…
É a tal da globaqui…
É a tal da globaquisição
Hey bom
Hey bom
Esse óculos escuro é bacana
Última moda lá na Uruguaiana
Hey bom
A estampa da sua camisa é legal
Outro dia vi numa loja de grife igual
Hey bom
Bate um fio pra mim
Pode ligar a cobrar
Hey bom
Não perde a hora
Confere no Swatch de camelô
Para não se atrasar
Hey bom
Você é o bom
Você é o bom
Você…
É…
O bom…
O bom…
Você é…
Quase um Ray-Ban
Hey bom
Ostenta pulseira de ouro dos trouxas
Colar de pedra que brilha, mas não tem valor
Hey bom…
Penteia o cabelo espetado
Capricha no look, hoje o dia é irado
Vai sair com sua menina
Você é o bom
Você é o bom
Você…
É…
O bom…
O bom…
Você é…
Quase um Ray-Ban
Você é quase quase um…
Você é quase quase um…
Quase quase um Ray-Ban
Lado A, lado B
Bonitinha, cheirosinha
Dengosinha, gostosinha
Você, é tudo de bom assim
Você, é tudo de bom assim
Saidinha, safadinha
Cafajeste, ordinária
Você, é tudo de ruim assim
Você, é tudo de ruim assim
Quando eu comprei o seu lado A
Desconhecia o seu lado B
Na minha frente você era santa
Pelas costas mandava ver
Lado A, lado B
Lado A, lado B
O coração não sente
O que os olhos não vê
Bonitinha, cheirosinha
Dengosinha, gostosinha
Você, é tudo de bom assim
Você, é tudo de bom assim
Ô menina, faz assim
Faz assim, faz assim
Ô menina, faz isso não
Faz isso não, faz isso não
Saidinha, safadinha
Cafajeste, ordinária
Você, é tudo de ruim assim
Você, é tudo de ruim assim
Lado A, lado B
Lado A, lado B
O coração não sente
O que os olhos não vê
Old sex pistol
Old sex pistol
Old sex pistol
A era do faroeste acabou
O pistoleiro aposentou sua arma
Ele já não saca ela do coldre
Não dá mais dois, três, quatro tiros de uma vez
Old sex pistol
Old sex pistol
Sua mão já não é a mesma
Mesmo só, a deixa na mão
E quando outra mão toca sua arma
Ela dispara sem intenção
Old sex pistol
Old sex pistol
O velho pistoleiro comprou uma fazenda
Onde cria gado e tem plantação
A esposa do caseiro está lhe dando condição
Mas, na sua condição….
Ele teme mais o caseiro do que deseja satisfação
Old sex pistol
Old sex pistol
O velho pistoleiro aposentou a sua arma
Ele vive isolado em sua fazenda
Onde a justiça não chega
Nem filhos bastardos pedindo pensão
Nem ex-amores querendo mais
Nem maridos ainda velozes e furiosos
Old sex pistol
Old sex pistol
Old sex pistol
Don’t Funk (ou Funk do cinquentão)
Me chamou
Para cozinha
Pra fazer docinho
Me botou
Sobre a mesa
E começou a socar
Soca, soca
Soca, soca
Soca, soca
Soca o amendoim
Até virar paçoca
Me chamou
Para a sala
Pra assistir
Filme no GatoNet
A mão boba
Não parava
Para lá e para cá
Troca, troca
Troca, troca
Troca, troca
Troca de canal
Até a TV pifar
Me chamou
Pro banheiro
E eu fui toda saliente
Botou o cabo
Na minha mão
Estava ficando quente
Varre, varre
Varre, varre
Varre, varre
Varre a sujeira
Pra debaixo do tapete
Me chamou
Para ir pra cama
Eu disse: demorou
O dia todo
Me fez de empregada
Agora vai me dar valor
Ronca, ronca
Ronca, ronca
Ronca, ronca
Ronca filho da puta
Na hora H ele brochou
Descaradamente
Eu sempre acreditei
Em tudo que você dizia
Palavra por palavra
Em suas juras de amor
Embora muitos já
Tivessem me alertado
Sobre você
E seu blá-blá-blá
– Blerg!
Foi preciso ver
Com meus próprios olhos
Você e outro alguém
Para entender que você…
Mente para mim
Descaradamente
Mente para mim
Descaradamente
Mente, mente, mente
Para mim
Descaradamente
Só então percebi
Como errei em acreditar
Em todas suas histórias
E agora sei que você…
Mente para mim
Descaradamente
Mente para mim
Descaradamente
Mente, mente, mente
Para mim
Descaradamente
Você era… é… o amor da minha vida
A nossa vida era… é… perfeita
E agora o que eu faço
Com esse sentimento?
Que ainda é capaz
De te perdoar…
Minto para mim
Descaradamente
Minto para mim
Descaradamente
Minto, minto, minto
Para mim
Fingindo que você não mente
Bem ou mal me quer
Perguntei para Margarida
Se ela me ama ou não
Mas ela não soube responder
Perguntei para Rosa
Se ela me ama ou não
Mas ela não soube responder
Perguntei para Acássia
Para Dália, Violeta e até ao Cravo
Se ela me ama ou não
Mas as flores não
Souberam responder
Até ameacei lhes arrancar
As pétalas
Desfolhando bem me quer
Desfolhando mal me quer
Mas a minha curiosidade não
Foi maior do que o meu
Instinto ecológico
Talvez seja melhor eu perguntar
Para Rosângela
Talvez seja melhor eu desfolhar
… Rosângela
Bem me quer ou mal me quer
Bem me quer ou mal me quer
… Rosângela
Reticências
Tatuei o seu nome no meu braço
Junto a Rita, Juliana e Raquel
Isabela, Rosa, Cristiane
Gerlane escrito com “J”
E um riscão, amor que não vingou
Ornamentei ele com um coração
Flores e juras de amor
Ocupando do antebraço à mão
Não deixando lugar para mais nomes
Só para uma reticências…
Eu não sei Vanessa
Se você será o meu
Melhor ou último amor
Eu não sei Mônica
Eu não posso prometer
Mas juro me esforçar
Tatuei o seu nome no meu peito
Em minha perna, minhas costas e meu pé
Atrás da orelha e até na minha testa
Já não tem mais onde tatuar
Tatuei ele em fontes diferentes
Caixa alta, caixa baixa e azul
Verde, amarelo e vermelho
Já não existe mais forma de tatuar
Eu não sei Bruna
Se você será o meu
Melhor ou último amor
Eu não sei Shirlei
Eu não posso prometer
Mas juro me esforçar
Tatuei o seu nome no meu braço
Junto a Silvia, Tatiana e Monique
Margarida, Vera, Cristiane
Raimunda, que era toda bela
E um riscão, antes da reticências
Eu não sei Rosângela
Se você será o meu
Melhor ou último amor
Eu não sei Priscila
Eu não posso prometer
Mas juro me esforçar
Eu não sei Joana, minha joaninha
Eu não sei Joaninha… voou
Voou
Já não tem mais onde tatuar
A fome era tanta
Hoje de manhã
Eu acordei cheio de fome
Com vontade de comer
Banana, pão de queijo e Juliana
Carolina e biscoito goiabinha
E uma fatia de torta de maçã
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
A fome era tanta
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
Na hora do almoço
Pedi uma salada de entrada
Lasanha como prato principal
Ainda com fome
Belisquei a garçonete
E depois de Rita tomei um café
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
A fome era tanta
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
No lanche da tarde
Encarei os restos da geladeira
Ainda insatisfeito
Eu fui pra rua procurar
Um fast food, uma fast foda
Pastel, croquete e Beatriz
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
A fome era tanta
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
À noite uma pizza família
Sopa de cebola e Catarina
Me senti meio enjoado
E tomei um Epocler
Ainda assim comi a Isabela
E lambi o sorvete da Raquel
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
A fome era tanta
A fome era tanta
A fome era tanta
E eu comi
Faminto de você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
E não venha com feijoada, não
Eu quero é devorar você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
E não venha com lasanha, não
Eu quero é devorar você
Eu vou botar você sobre a mesa
Temperar com azeite de dendê
Eu vou botar você sobre a mesa
Uma pitadinha de sal
E pimenta para aquecer
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
Eu vou subir sobre a mesa
Eu vou subir sobre a mesa
Eu vou subir sobre a mesa
Eu vou devorar você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
E depois de devorar você
Dos pés à cabeça
Eu vou partir para a sobremesa
Que também é… você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
E não venha falar de etiqueta, não
Papo de dieta, comida vegana
E não venha com talher de prata, não
Com hashi de comida japonesa
– Você é orgânica
E é com o meu pauzinho mesmo que… Ops!
É com o meu mesmo… Ops!
Que eu vou devorar você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
Eu tô, que tô, que tô
Eu tô faminto de você
Baba, baby
Você fala demais sobre sexo
Mas nem sempre tem nexo
Me cansei desse seu sexo oral
Na hora de calar a boca e mandar ver, você não quer
Só quer que eu cole a minha boca pra te satisfazer
Seu sexo oral tem muito blá, blá, blá
Baby
Sexo oral não tem blá, blá, blá
Sexo oral tem é baba
Então, cala logo sua boca e baba
Baba, baba, baby
Baba, baba, baby
Só quer ganhar, não quer dar
Só quer gozar, não quer fazer gozar
Blá, blá, blá, blá, blá
Então, cala logo sua boca e baba
Baba, baba, baby
Baba, baba, baby
Me cansei desse seu sexo oral
Garoto, vê se cresce
Chega desse blá, blá, blá
Então, cala sua boca e baba
Baba, baba, baby
Baba, baba, baby
Antes que eu resolva
Lhe fazer um anal
Até tu
Quando não tem pica
Eu toco siririca
Quando não tem buceta
Eu toco uma punheta
Quando não tem peito
Eu lambo do mesmo jeito
Mas todo mundo tem cu
Depois eu lavo as mãos
Sexo é gostoso e quentinho
As vezes com pegada
As vezes com carinho
Seja rapidinho ou bem devagar
É bom demais
Que seja até gozar
Quando não tem amor
Eu troco por tesão
Quando não tem ninguém
Eu toco por ilusão
Quando não tem carro, casa ou motel
Tem sempre um cantinho
O mais importante é que todo mundo tem…
Até tu…
Depois eu lavo as mãos
Sexo tem sabor e tem cheirinho
As vezes gritos
As vezes sussurros bem baixinhos
Seja de olhos abertos ou não
Sexo é bom demais
Até com a mão
Nheco, nheco, nheco
Nheco, nheco, ah…
Chuá, chuá
Feliz Natal
As mães também viram cactos no natal
As mães também viram cactos no natal
As mães também viram cactos no natal
As mães
também
viram
cactos
no
natal
ho, ho, ho, ho, ho
no natal
ho, ho, ho, ho, ho
mamãe…
As mães também viram cactos no natal
As mães também viram cactos no natal
As mães também viram cactos no natal
As mães
também
viram
cactos
no
natal
ho, ho, ho, ho, ho
no natal
ho, ho, ho, ho, ho
mamãe…
Com bolinhas coloridas e lacinhos
anjinhos
bonecos de neve
papai…
cuidado…
com o dedo…
furou
sangue espalhado pela sala
furou
sangue espalhado pela sala
mamãe
Obs.: Perdão mamãe… É só uma frase engraçada!
Músicas sem cabeça
Pessoas
Tem pessoas que não dão liga
tem pessoas que não se ligam a nada
Tem pessoas que não dão briga
tem pessoas que não brigam por nada
Tem pessoas que não desfrutam da vida
que não gostam de frutas, nem de salada
Tem pessoas que não calam a boca
outras que não dizem nada
Tem pessoas de todos os tipos
com certeza tem uma pessoa pra mim
que seja tão igual e diferente
que seja assim, assim
Tem pessoas que gostam de samba
de rock, de MPB, de FUNK e afins
Tem pessoas que gostam de ficção
outras preferem novelas, não, isso não é pra mim
Tem pessoas que gostam de reza
de azul, lilás, margaridas, bichinhos de estimação
Tem pessoas que não gostam de nada
que absurdo pessoas que não gostam de mim
Tem pessoas de todos os tipos
com certeza tem uma pessoa pra mim
que seja tão igual e diferente
que seja assim, assim
Pessoas pardas, amarelas, brancas e negras
Pessoas ricas, pobres e classe média
Pessoas letradas, analfabetas, burras e espertas
Pessoas carentes e autossuficientes
Pessoas bonitas, feias ou mais ou menos
Pessoas carecas, banguelas e barrigudas
Tem pessoas de todos os tipos
com certeza tem uma pessoa pra mim
que seja tão igual e diferente
que seja assim, assim
Tic Tac
Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic
Tac
Acabou
The time is over
No more tic
Não more tac
No more time
Acabou
A vida que você sonhou
No more live
Passa a régua
E fecha a conta
Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic
Tac
Por sorte
A morte é indiferente
Ao sucesso ou ao fracasso
É só a morte
No more tic tac
Simples assim
A vida tem início, meio e fim
Pouco interessa
O que você fez
O que pensam de ti
Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic
Tac
Talvez alguém lhe escorra
Uma lágrima
– Tic
Talvez você perdure
Em uma mágoa
– Tac
Talvez tenha a vida
Exaltada pelo que fez
Ou seja linchado
Nas mídias sociais
Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic
Tac
Mas acabou
Mesmo em termos históricos
A história tem seu tic
A história tem seu tac
Tudo vira passado
Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic
Tac
Não será um Deus
De milhares de anos
Ou um céu
Ou espíritos eternos
A explicar o inexplicável
Um animal
Qual um gato, um cachorro
Racional, sim
Mas animal, como a vaca
Abatida para seu almoço
No more tic
No more tac
No more time
No more live
Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic
Tac
Um amorzinho
Eu não gosto dele, ele não gosta de mim
Mas de vez em quando bate um desejo
E a gente faz um amorzinho
E a gente faz um amorzinho
Ele não gosta de mim, eu não gosto dele
Mas de vez em quando bate um tedio
E a gente faz um amorzinho
E a gente faz um amorzinho
A minha avó já me dizia
E minha mãe também falou
Que enquanto não encontra o grande amor
A gente faz um amorzinho
A gente faz um amorzinho
Eu não amo ele, ele não me ama
Mas nossos corpos se encaixam tão perfeitinho
E a gente faz um amorzinho
E a gente faz um amorzinho
Eu não, ele não
Não dá nem tempo de chegar na cama
A gente faz um amorzinho
A gente faz um amorzinho
Ele não, eu não
Não dá nem tempo de chegar na cama
A gente faz um amorzinho
A gente faz um amorzinho
Eu não sou suicida
Eu não sou suicida
Eu não vou me matar
Vou viver dez anos ou mais
Vou morrer de causas naturais
Por não valorizar minha vida
Talvez me arrisque mais
Talvez descuide de mim
Mas, não, eu não vou me matar
Não vou cortar os pulsos
Nem pular pela janela
Não vou deitar na rua
E fechar meus olhos
Vou morrer lentamente
Dia após dia
Como masoquista, sofrendo
Me autoflagelando
Não, eu não vou me matar
Meu chicote invisível não deixa marcas
Não, não
Estarei vivo até a ampulheta do tempo se esvaziar
I am not suicidal
I will not kill myself
I will live ten years or more
I will die of natural causes
By not valuing my life
I might take more risks
I might neglect myself
But no, I will not kill myself
I won’t cut my wrists
Or jump out the window
I won’t lie in the street
And close my eyes
I’ll die slowly
Day by day
Like a masochist, suffering
Self-flagellating
No, I will not kill myself
My invisible whip leaves no marks
No, I will not kill myself
My wounds spill invisible sand
No, no
I’ll stay alive until the hourglass of time runs empty
Insônia
Hoje eu não estou
Conseguindo dormir
Pois o céu do meu quarto
Está cheio de anjos
A se divertir
Eles cruzam, daqui para lá
Aparecem em qualquer lugar
E saltam tão velozes
Que meus olhos cansados
Mal conseguem acompanhar
Eles flutuam no ar
Me chamando atenção
Me chamando para a roda
Para darmos as mãos
O que será que eles querem de mim
Eu não me atrevo perguntar
Será que só querem companhia para a roda
Ou estão aqui para me levar
Eu forço a vista
Tentando encontrar
Entre eles, um amigo ou familiar
Eles flutuam no ar
Me chamando atenção
Me chamando para a roda
Para darmos as mãos
Vagalume
Às vezes eu me sinto
Meio vagalume
Às vezes me acendo
Às vezes me apago
Nem sei porque
Como ou quando
Mas vagalumeando
Prossigo, sigo, seguindo a vida
Prossigo, sigo, seguindo você
Quando você
Se afasta
Eu me apago
E quando a saudade
Aperta
Eu nem existo
Mas vagalume
Acendo, brilho, vivo
Quando você retorna
Para perto de mim
Às vezes fico sem piscar
Os olhos
Só para ter certeza
De você
Às vezes fico sem dormir
Sem me alimentar
Sem mesmo respirar
Só para ter certeza
De você
Quando você parte
Eu me apago
Mesmo sabendo,
Vagalume,
Que você vai voltar
Segure em minhas mãos
Segure em minhas mãos
é preciso atenção aos domingos
As aves aproveitam o céu azul para voar
Nem todo mundo tem família
ou alguém para compartilhar
Os amores e as dores
os prazeres, os sabores
os fluidos e odores
a maldita frustração
a repetição, a repetição, a repetição
As ruas estão cheias
restaurantes, shoppings, cinemas
praias, parques, igrejas, pistas de patinação
Vá com calma, para não desequilibrar
do chão você não passa se levantar do colchão
Os peixes não se afogam
os cachorros não param de latir
os gatos só saem de noite junto com os gatunos
têm formigas e baratas por todo lugar
É tudo tão desconcertante
nem todo mundo tem motivo para celebrar
É domingo…
Diferente de segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado
O dia que todo mundo quer para si
o dia que todo mundo quer passar com a família
ir para a igreja, ajoelhar e rezar
trepar com a namorada
ou beber até o dia ou a vida acabar
É o maldito domingo…
Segure firme em minhas mãos
não solte suas lembranças
Tiros no escuro
Atiro
Atiro
Atiro
Atiro no escuro sem alvo
Atiro em qualquer direção
Atiro contra a minha cabeça
Atiro contra qualquer razão
Atiro
Atiro
Atirooooooooo
Atiro no escuro sem alvo
Atiro em qualquer direção
Atiro contra a minha cabeça
Atiro contra qualquer razão
Pow, pow, pow
Meu reflexo no espelho refletido
Revela o avesso do que penso
Ódio, revolta, incompreensão contidos
Em um semblante sem expressão
Pooooooooow
Atiro no escuro sem alvo
Atiro em qualquer direção
Pow, pow, pow
Atiro contra a minha cabeça
Atiro contra qualquer razão
Pooooooooow
Não me venham com velhas ideias
A minha consciência me basta
Não me venham com regras, moral e ética
Não me encham com essa escrotidão
Atiro
Atiro
Atirooooooooo
Atiro no escuro sem alvo
Atiro em qualquer direção
Atiro contra a minha cabeça
Atiro contra qualquer razão
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Eu sigo a viver
A vida só termina quando
Ele para de bater
Que haja dor e lágrimas
Que haja porque sorrir
Não havendo indiferença
Há porque seguir
Eu vou comer, eu vou cagar
Eu vou dormir, vou acordar
Vou roer as unhas da mão
Vou confessar tenho chulé
Eu vou bater, vou apanhar
Eu vou construir, vou reformar
Vou fazer careta no espelho
Quem é esse?, vou me assustar
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Eu vou
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Diga sim, não diga não
– Você tem que me amar!
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Eu vou
Ah… Vá lá!
Diga não, se preferir
Mesmo assim vou prosseguir
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Enquanto bate o coração
Eu vou
Isso não foi legal
Não, isso não foi legal
Você me deixou como quem deixa um chiclete grudado debaixo da mesa do bar
Não, isso não foi legal
Você me usou e depois descartou como uma criança descarta um brinquedo que cansou de brincar
Não, isso não foi legal
Então não reclama vai ter que aguentar a minha revolta, o meu ódio, a minha vingança
Babaca
Você fez promessas que nunca cumpriu
Babaca
Jurou juras de amor só da boca para fora
Babaca
E depois me deixou, assim, como quem deixa uma qualquer
Babaca
Você partiu rindo e me deixou a chorar
Babaca
E nem disfarçou já ter outra para o meu lugar
Babaca
Cata suas roupas na calçada
As chaves da porta eu troquei nem precisa devolver
Suspendi seu cartão e plano de saúde
Aquela ajuda mensal, rá rá rá
E não esquece a sua última conta pendurada no bar
Babaca
Boa sorte
Já vai tarde
Manda lembranças pra gracinha
Se ela te vendo assim, sem mim
Não cansar de te mastigar
Dentro de mim
Dentro de mim
Tem um eu
Que chora por mim
Mas ninguém vê
Corri pelo deserto
Mergulhei no oceano
Subi a montanha
E até voei de avião
De lá eu vi
Onde já estive
Onde estou
E onde quero ir
Chuva seca a dor
Vento leva longe
Gira mundo, gira vida
Disco voador
Não vou chorar por você
Não vou chorar por nós
Não vou chorar por mim
Não vou chorar
Não vou chorar por mim
Não vou chorar por mim
Não vou chorar por mim
Não vou chorar
Não, não vou chorar
Por mim
Não vou
Vento me leva
Disco voador
Sem laço de fita
Meu corpo
Já não se reconhece no espelho
Minha mente
Já não me dá mais razão
E, meu pobre coração
Nada mas sente
Tornei-me um homem
Sem futuro
E que se arrepende
Do passado
Sem laço de fita
Sem papel de presente
Sem um cartãozinho
Ninguém mais me abre
Já não tenho a quem me dar
Tornei-me ruim demais
Para me desejar
A quem quero bem
Sem laço de fita
Sem papel de presente
Sem um cartãozinho
Ninguém mais me abre
Dodói no peito
Dor, dói, dói
Dor no peito
Sem parar, dor, dói
dor não tem jeito
Cicatriz aberta
sangue a jorrar
Dor, dói, dói
Não adianta calmante
Pra essa dor acalmar
Dor, dói, dói
Dor no peito
Sem cura, dor, dói
Sem curativo
Dor que dói, dói, sem causa
Dor que dói, dói, sem motivo
Dor de nascença
Carma, encosto
Essência, alma, sem rosto
Dor, dói, dói
Dor no peito
Dor, que dói, dói
Só por doer
Dor que dói, dói
Dor que dura, tortura
Dor, que dói, dói
Dor que dói, dói
Dodói no peito
Dor, que dói, dói
Dor, que dói, dói
Dodói no peito
Tô com dodói
No peito
Corpo e alma
O corpo tá cansado
A alma quer se divertir
Eu vou tirar minha capa
Eu vou sair por aí
A alma tá cansada
O corpo quer se divertir
Não adianta pedir calma
Eu vou sair por aí
Eu vou sair por aí
A vida é curta
E o tempo não para
Eu vou viver de corpo e alma
Eu vou sair por aí
A vida é curta
E o tempo não para
Com corpo sem alma
Com alma sem corpo
Eu vou sair por aí
Senão o corpo deixa a alma
Senão a alma deixa o corpo
E vai ficar corpo e alma
Sem ter pra onde ir
Lá no céu só tem gente boa
Lá no inferno é muito quente
No limbo a vida fica empacada
Sem ter para onde ir
Aproveita rapaz!
Ahhhh…
Já são mais de 9 horas
E meu amor ainda não acordou
Eu já chamei, já fiz cosquinha
E até mordi o seu dedão do pé
Ela reclamou e soltou um palavrão
Já são mais de 10 horas
O sol já atinge a calçada
Pelas ruas, pessoas vem e vão
Uns correm atrás do tempo perdido
Outros atrás do ganha pão
Já são mais de 11 horas
E o meu amor, indiferente
Abraça o travesseiro e finge
Que não é com ela o dia
Que não tem que ir trabalhar
Já são mais de 12 horas
E meu amor segue aconchegada na cama
Ai, meu Deus, que vontade que dá
De jogar tudo para o ar
De jogar tudo para o ar
E ir, com ela, também me aconchegar
E ir, com ela, também me aconchegar
Bom dia
Bom dia
Que hoje seja um bom dia
O desejo é retórico bom dia
Mesmo assim aceito o seu bom dia
E lhe retribuo bom dia
A vida é um trator
Que destrói bons dias
Não importa quem você é
Não importa quem você ama
Não importa o que você tem
Não importa o que você quer
No dia a dia
Há cada vez menos…
– Bom dia!
A vida é um trator
Que destrói bons dias
Na mesa do bar
Eu não compreendo
Pessoas que vivem sorrindo
Sempre em festa
Com o mundo assim
Mas compreendo elas
Não me compreenderem
Eu o oposto delas
Elas o oposto de mim
O riso ecoa, enquanto
Canto esse canto
Sirenes nas ruas anunciam
Um acidente, um incêndio, um assalto
Pessoas correm para lá e para cá
Escuto gritos, tiros ao longe
Mas na mesa do bar…
Na mesa do bar
Não há lugar para mim
Que não sei gargalhar
Violência, injustiça, miséria
Pobreza, fome, tortura
Gente demais engarrafando
Céu, terra e mar
Mas na mesa do bar…
Na mesa do bar
Não há lugar para mim
Que não sei gargalhar
Onde estão as almas
Onde estão os anjos
Onde estão os demônios
Onde está a dor, o choro
Mas na mesa do bar…
Na mesa do bar
Não há lugar para mim
Que não sei gargalhar
Paredes
Eu quebrei
As paredes do quarto
Juntei o quarto com a sala
E hoje se conversa e se dorme
No mesmo lugar
Quando eu ia ao banheiro
Quente, abafado, sufocado
Mandei quebrar tudo
Paredes e portas para quê
E hoje se conversa, se dorme e se caga
No mesmo lugar
A empregada, coitada
Passava o dia inteiro na cozinha, trancada
Para que tanta hierarquia, tanta distância
Mandei quebrar tudo
Paredes, portas e janelas para quê
E hoje se conversa, se dorme, se caga e se cozinha
No mesmo lugar
Para que…
Sala, quarto, banheiro, cozinha e área de serviço
Espaços tão delimitados:…
Aqui se faz isso e ali se faz aquilo
Mandei quebrar tudo
Paredes, portas, janelas, piso e teto para quê
E hoje se conversa, se dorme, se caga, se cozinha e se lava roupa suja
No mesmo lugar
Para que…
Hall, corredor, escada, portaria e jardim
Aparelhos sempre conectados…
Laptop, celular, rádio, TV e despertador
Compromissos que nunca nos permitem parar…
Casa, carro, trabalho, marido ou mulher, filhos
Para que pensar…
Para que ser, estar…
Para que suar, lutar, mudar…
Para que viver
Para que viver
Para que viver
Nessa prisão
Ventilador
Estava em casa deitado na cama
Vendo o ventilador do teto não rodar
Hoje está frio e não é preciso
Ligar o sonho para sonhar
Estava triste mas ao mesmo tempo
Trazia no peito contentamento
A vida é assim, eu sei, já faz tempo
Relaxe e desfrute o momento
A vida, eu e você e os sentimentos
Giram no teto feito o ventilador
O tempo gira também os seus ponteiros
E o que é, já era, já era meu amor
O mundo, eu sem você e tudo mais
Giram no teto feito o ventilador
O tempo também gira os seus ponteiros
E que era, já é, já é meu amor
Estava em casa deitado na cama
Vendo os sonhos girando no ar
Tentei com as minhas mãos inutilmente
Alguns desses sonhos alcançar
Mas se fossem os sonhos
Concretos e tangíveis
Já não seriam mais sonhos a sonhar
Seriam produtos nas prateleiras para comprar
Feito o meu ventilador de teto
A tv de plasma, a cama, a casa
O ar que eu respiro você
O ar que eu respiro você
O ar e você
Feito o ar condicionado quebrado
O sofá da sala listrada, seu porta retrato
O ar que eu respiro você
O ar que eu respiro você
O ar e você
No avesso da vida
No avesso da vida o verso
Sombra que assombra o sonho
Ir para onde a mente não chega
Se abrir a novas perspectivas
Ver-se tão pequeno
Diante do talvez
Você que você desconhece
Você que você desconhece
Você que você desconhece
… Você
No avesso da vida há fé
Que independe da fé
A razão maior que a ilusão
Caminho de ida sem volta
No avesso da vida o verso
Na vida do avesso há vida
Há vida no verso
Há vida em você que você desconhece
Há vida em você que você desconhece
Há vida em você que você desconhece
… Você
Os homens deveriam ter
Os homens deveriam ter
na cabeça o coração
no sexo o cérebro
e no peito uma fechadura
Para que só convidados
ou quem tivesse a chave
pudessem entrar
sem ter que tocar a campainha
Ding, dong
Ding, dong
– Tem alguém aí?
Os homens deveriam ter
na cabeça o coração
no sexo o cérebro
e no peito uma fechadura
Para que só convidados
ou quem tivesse a chave
pudessem entrar
sem ter que interfonar
Trimmm…
Trimmm…
– Pode ir entrando meu bem
– Bora levar um papo cabeça
Ding, dong
Ding, dong
Na cabeça o coração
no sexo o cérebro
e no peito uma fechadura
Solenemente
Uns são
Uns não
Outros talvez
Quem sabe?
O céu está repleto de santos
Melhor permanecer por aqui
Entre outros tantos
Vou levando
O meu passado se dilui no ar
E se me acusarem, no elevador
Eu vou negar
Solenemente.
Vaca fodona
Eu tive um sonho
Eu corri atrás
Vendi minha alma ao diabo
E com o troco
Comprei minha paz
O menino mais novo
Na foto, tinha 16
Ainda usava bermuda
E o pai lhe cobrava
Pelo que fez
A vida dá voltas
A vida não volta
– Pare de planejar!
Vaca fodona
Vaca fodona
A vida é uma vaca fodona
Que muge e dá leite pelas tetas
Meu pai se foi
Minha mãe ficou
Meus irmãos, não sei
Mas cheguei até aqui
Tirando leite pelas tetas
Vaca fodona
Vaca fodona
A vida é uma vaca fodona
Que muge e dá leite pelas tetas
Instrumental
Eu não tenho nenhum conhecimento musical para compor uma música instrumental. Sequer para formular um prompt consistente para o Suno criar uma música instrumental. E eu nunca pensei em fazer esse pedido… Mas, de vez em quando, provavelmente por um bug do aplicativo, coloco uma composição minha para musicar e o aplicativo gera um instrumental de quatro, cinco minutos, inspirado na minha letra, mas sem nenhum vocal.
Algumas dessas músicas instrumentais são muito boas. Tem originalidade e qualidade surpreendentes. Depois de descartar diversas, com sentimento de pesar, resolvi guardar os melhores registros. Pois, embora eles tenham muito pouco de mim, são resultado de uma interpretação equivocada de uma composição minha. Talvez sejam só IA ou DI, sei lá… Mas gostaria de pensar que talvez exista um pouquinho de mim nessas músicas instrumentais também!
As músicas que apresento a seguir são a expressão máxima da IA (Inteligência Artificial) sendo DA (Desinteligência Artificial). São meu bug musical!
Instrumental 1
Instrumental 2
Instrumental 3
Instrumental 4
Instrumental 5
Instrumental 6
Instrumental 7
Instrumental 8
Instrumental 9
Instrumental 10
Instrumental 11
Instrumental 12
Instrumental 13
Instrumental 14
Instrumental 16
Instrumental 16
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