Minha produção musical
Desde pequeno eu gosto de cantarolar, embora minha voz seja péssima e a minha memória para decorar letras idem. Talvez tenha herdado esse hábito da minha mãe, que passava os dias a cantarolar, com bela voz, mas com memória para as letras igualmente ruim. Para resolver parte desse problema, eu passei a inventar as minhas próprias letras, fossem elas versões de músicas existentes ou invencionices.
Dessa forma, catando palavras jogadas ao vento ou desenvolvendo ideias minimamente elaboradas, comecei a criar as canções mais estranhas possíveis, nas situações mais inusitadas: em meio a uma caminhada, uma conversa com alguém ou uma reunião de trabalho, eu, do nada… Acariciando um gatinho, aguardando na recepção de um consultório ou descendo num elevador lotado, eu, do nada… Quando devia ficar em silêncio e concentrado ou cantar bem, eu, do nada…
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O fato é, que, de tanto inventar canções – sobre pessoas, animais, objetos, sentimentos ou qualquer outro blá, blá, blá, que dava para cantar -, eu percebi que algumas dessas canções nem eram tão ruins e com um pouquinho mais de trabalho elas poderiam ficar boas e se transformar, realmente, em músicas. KKK… Pouquinho de trabalho… Errei feio na previsão do quanto de trabalho era necessário para chegar até onde conseguia ir, cantando mal e não tocando nenhum instrumento.
Uma primeira parte desse trabalho, eu fiz rápido. Resgatei um velho e obsoleto gravador de fita K-7 e passei a gravar compulsivamente minhas estranhas criações. Principalmente quando tinha insônia e me enchia de vinho para pegar no sono. Foram 17 fitas de 60 minutos cada, gravadas durante 2 anos, que ia guardando numa gaveta.
Então levantei as mangas e comecei a trabalhar com essas gravações, tarefa que até hoje não finalizei. Botava o gravador para tocar e, com um microfone, gravava para o computador – do analógico ao digital. Depois ouvia a gravação do computador e separava música por música, descartando as muito ruins. Então me debruçava sobre as melhores gravações, fazia a transcrição – do cantado para o escrito -, editava as letras e fazia uma nova gravação – do escrito ao cantado.
Foram mais de 200 músicas que sobraram do primeiro corte, da passagem do gravador para o computador, e 100 do segundo, terceiro e quarto corte, que já foram trabalhadas ou ainda aguardam serem trabalhadas. Hoje gravo menos e, quando o faço, já gravo direto no computador ou celular, registrando voz e texto simultaneamente.
Tenho ciência de minha limitação técnica e falta de recursos vocais e musicais. Sou compositor! O objetivo de minhas gravações não é encantar, atrair o público final. Meu objetivo, ao divulgar minhas composições, á atrair cantores, instrumentistas e/ou bandas para estabelecermos parcerias e concluirmos juntos o trabalho de transformar letras em músicas.
Aqui no site, divulgo algumas de minhas composições que, com a ajuda de parceiros talentosos, transformaram minhas primeiras letras em nossas músicas. Estou começando a pesquisar sobre uso de IA para produção musical e também pretendo divulgar aqui o resultado dessa parceria Aloísio+IA. E, em algum momento – Me perdoem! – posso também divulgar gravações brutas, com minha péssima voz e desastroso ritmo.
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