Uma arte, que não vingou
América Latrina
“América Latrina” provoca uma reflexão sobre as disparidades entre as Américas do Norte, Central e do Sul. A proposta é criticar a concentração dos recursos e do poder no Norte, enquanto para o Centro e o Sul são deixadas as consequências, os resíduos, o descarte de tudo o que é considerado “lixo”. As esculturas simbolizam essa divisão: a tampa da privada representa a América do Norte, enquanto o assento, onde as pessoas se sentam para urinar ou defecar, representa a América do Sul. A obra é uma metáfora para a exploração e os contrastes sociais, políticos e econômicos que ainda marcam as relações entre as três Américas.
Obs.: Em meus esboços, imaginava a tampa da privada com o formato da América do Norte e o seu assento e o próprio vaso, com o formato da América do Norte.
Telas vestidas
Não há conceito por trás desta coletânea, ela somente apresenta blusas como suporte para pinturas. A ideia original era empapar as blusas com resina e deixar elas endurecerem nas posições desejadas, com pequenas dobras, amaçados e/ou volumes. E usar essas blusas como suporte para minhas pinturas. Mas nunca cheguei realmente a pintar, nem mesmo usando telas tradicionais como suporte. Então, não tenho do que reclamar dos resultados…
Obs.: Na transformação dos esboços para IArtes, não tive o domínio sobre temas pintados, nem sobre modelagens e texturas ideias.
Sem IA
Entrevidros
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“Entrevidros” convida à reflexão sobre a fragilidade da existência humana. Somos seres delicados, expostos a perigos de qualquer natureza e em qualquer lugar, quando não nos tornamos os maiores riscos para nós mesmos. Para nos preservar, buscamos abrigo atrás de redomas de vidro, como objetos frágeis e preciosos. Mas o vidro não é uma parede, um cofre de aço ou uma barreira impenetrável. Estamos vulneráveis, à mercê de qualquer ameaça que possa romper essa proteção, quebrá-la ou atravessá-la. E, quando isso acontece, não apenas ficamos desprotegidos, mas também nos expomos aos riscos dos próprios estilhaços de vidro.
Obs.: Sempre quis fazer um retrato meu em uma moldura antiga, com vidro casca de ovo, como os retratos antigos, de nossos avôs. Mas com um buraquinho no vidro e na foto e sangue escorrendo deste buraco, como se a foto tivesse sido atingida por um tiro ou a composição retratasse o desfecho da vida do retratado – espero que não o meu. Cheguei a procurar a encontrar molduras com esse vidro e pensar em soluções práticas para realizar a obra, mas acabei deixando a ideia registrada em mais um papelzinho e esquecida em um canto. Meus familiares e conhecidos, já me acham tão estranho, sem ter uma foto dessas pendurada na parede da sala, imagina com…
Apesar de não ter chegado à imagem ideal com o auxílio da IA, para o propósito da minha IArte – que é apresentar de forma melhorada os meus esboços de pinturas, esculturas e instalações -, fiquei satisfeito.
Namoradeiras
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“Namoradeiras” é uma releitura de uma arte decorativa profundamente enraizada na cultura brasileira. Tradicionalmente, essas esculturas retratam mulheres sonhadoras, apoiadas em janelas, evocando o romantismo e a contemplação do cotidiano no interior do Brasil. Nesta instalação, porém, a tradição é subvertida: personalidades brasileiras e internacionais tomam o lugar da figura clássica, ampliando o diálogo entre o passado e o presente, o regional e o universal. Dentre as imagens retratadas, estão: Amelia Earhart, Carmen Miranda, Frida Kahlo, Lady Di, Lady Gaga, Madre Teresa, Maria Bonita, Princesa Isabel e Whoopi Goldberg.
Obs.: Infelizmente, muitas personalidade, sobretudo brasileiras, não são retratadas adequadamente pelos aplicativos de inteligência artificial. Limitando a escolha das personagens e o comprometendo a qualidade final da imagem.
Emoções emparedadas
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“Emoções emparedadas” é um convite para refletir sobre nossos conflitos internos. Em suas nove obras, mergulha nas profundezas das emoções humanas, explorando os limites entre o interno e o externo, o visível e o reprimido. As formas humanas, feitas do mesmo material que as paredes, surgem de maneira perturbadora, expressando sentimentos variados. O próprio emparedamento das emoções pode, em alguns momentos, ser negativo, mas também pode servir como um mecanismo de proteção ou reflexão. Ao final, a parede se rompe, deixando escorrer as tensões reprimidas e abrindo caminho para e liberdade e a paz.
Obs.: Em meus esboços, imaginava rostos sem expressões definidas, braços e mãos menos detalhados e objetos integrados às imagens, feitas do mesmo material.
Desenquadramento
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“Desenquadramento” propõe uma reflexão sobre os limites e possibilidades da pintura ao questionar o papel tradicional da tela como suporte. A pintura se expande para ocupar espaços inusitados: ela surge na moldura, na parede ou como fragmentos e reflexos que rompem com o formato convencional. Essa abordagem convida o espectador a reconsiderar o que é pintura e onde ela pode existir, desafiando os conceitos tradicionais de composição e apresentação artística.”.
Natureza morta
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Não há conceito por trás desta coletânea, ela somente perverte um dos temas mais tradicionais de pintura: a natureza morta. Fiz curso de desenho, na adolescência, e quais os primeiros exercícios que me foram exigidos: retratar fruteiras sobre uma mesinha. E, mesmo na faculdade, no centro da sala, cercado por alunos, por trás de cavaletes, à desenhar, o que existia? Pois é… Natureza morta é a coisa mais morta que existe! Por que alguém ainda faz esse tipo de desenho/pintura? Então pensei numa forma de atualizar a natureza morta e fazer algum sentido ainda, nos dias de hoje. E me diferenciar das senhorinhas que retratam da mesma forma que a professora suas fruteiras – embora elas pintem e eu não, o que já é uma diferenciação! KKK
Obs.: IA, IA, IA… O que você fez com minha arte? Como se eu pudesse reclamar… Meus esboços são bem piores do que estas IArtes!
Merchandising
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“Merchandising” brinca com marcas famosas, apresentando seus produtos de formas inusitadas. Como um lanche do McDonald’s sendo ofertado aos Orixás em uma “Mcumba”, um cartão Visa usado para se abanar e afastar o mau cheiro ao defecar – “Cagar com Brisa é muito melhor!”, ou um perfume Coco Chanel usado para tirar cheiro ruim da privada – “Chanel entende como ninguém de Coco”.
Obs.: Foi desafiador conseguir que a IA respeitasse o prompt com as instruções para geração dessas imagens, provavelmente por respeitar marcas e seu uso “adequado”. Questões que os artistas, por essência, tentam subverter…
Do avesso
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Não há conceito por trás desta coletânea, ela somente brinca com a gravidade, utilizando varais de roupa que sobem do chão em direção ao teto e seguram roupas para elas não saírem voando. A ideia original era empapar as peças de roupa com resina e deixar elas endurecerem nas posições desejadas, com pequenas dobras, amaçados e/ou volumes, e passar cabos de aço pelos fios do varal para manter a estrutura apoiada no chão. Outros objetos foram introduzidos saindo do teto e indo em direção ao chão, também invertendo a ótica da gravidade.
Obs.: Na transformação dos esboços para IArtes, não tive domínio sobre a disposição das roupas e a estrutura do varal, nos EUA não se usa varal de teto e a falta do conhecimento do que é um varal de teto, pelo aplicativo, resultou estranhas estruturas para pendurar as roupas.
Mãe
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A instalação “Mãe” implicaria cometer alguns ilícitos, pagar multas por elas e a perda do direito de dirigir. A ideia consiste em levar ao menos 8 multas por excesso de velocidade, captadas por radar, com a foto da traseira do carro comprovando o ilícito. No dia de cada multa, o carro teria uma letra inscrita no vidro traseiro, que, colocadas lado a lado, formariam a frase: Mãe te amo. Ou: Mamãe, te amo. A instalação, além das multas com as fotos enfileiradas lado a lado formando a frase, apresentariam o somatório do valor das multas, os comprovantes de pagamento das multas, a advertência de perda da carteira por excesso de pontos acumulados pelas infrações cometidas e a carteira de motorista rasgada ou carimbada com o dizer: Apreendida. E, evidentemente, só faria sentido, com fatos reais.
Obs.: Dessa vez, o bom e velho Photoshop voltou a ser usado para a composição e edição das imagens…
Antitributo
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“Antitributo” desconstrói a ideia de homenagem. Nesta exposição, as figuras ilustres da história são revisitadas sem as máscaras da reverência habitual, revelando o peso brutal de suas mortes. Aqui, a estética encontra o desconforto: a cabeça de um decapitado repousa ao lado de seu corpo; o enforcado permanece suspenso no instante eterno de sua execução; e o rosto deformado por um disparo conta uma história que muitos preferem esquecer. Este não é um tributo convencional – é um espelho das verdades cruéis que marcaram suas existências. Um convite a refletir sobre memória, violência e o legado da história.
Obs.: A ideia era retratar personagens conhecidas, como Lampião e Maria Bonita, decapitados, e Tiradentes, enforcado. Mas a IA não aceitou esses comandos.
Reino animal
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“Reino Animal” convida o público a imaginar um mundo onde a racionalidade deixa de ser o fator que determina o domínio humano sobre as demais espécies. Nas peças que compõem a coletânea, os papéis se invertem: o caçador torna-se a presa, o adestrador foge do chicote, e o visitante do zoológico ocupa o lugar dos animais em exibição. A exposição é um convite à reflexão sobre nossa relação com o reino animal e os papéis que poderíamos desempenhar para um convívio mais equilibrado, mas que, muitas vezes, ignoramos. Em vez disso, sobrepomos nossa vontade às outras espécies, nos tornando agentes do desequilíbrio.
Obs.: Pelos resultados das imagens obtidas, dá para perceber que a IA só possibilitou um esboço melhorado. Um resultado bem longe de ser um produto artístico final.
Piolhos
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“Piolhos” é uma instalação que nos convida a ver a vida através da dimensão dos piolhos… KKK Vocês não esperam que eu elabore uma apresentação inteligente sobre isso, né? Peraí, deixa eu ver se a IA do Chat GPT consegue…
Aloísio – Fazer uma apresentação inteligente para uma exposição que consiste em fios de cabelo gigantes saindo do chão em direção ao teto, com pessoas andando entre eles, como se fossem piolhos:
Chat GPT – Nesta exposição, fios de cabelo gigantes saem do chão em direção ao teto, criando um ambiente surreal e envolvente. O público, ao caminhar entre os fios, assume simbolicamente o papel de piolhos, explorando um ecossistema íntimo em escala monumental. A obra subverte o cotidiano ao transformar o familiar em algo vasto e inquietante, levando à reflexão sobre a relação entre corpo, espaço e convivência. Ao mesmo tempo barreiras e conexões, os fios convidam o visitante a interagir com uma metáfora viva sobre os microcosmos que nos rodeiam e habitam.
Grato, GPT, por atribuir uma intenção inteligente a essa ideia completamente sem inteligência que habitou minha cabeça, qual um piolho!
Arte desconstruída
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“Arte desconstruída” promove releituras inesperadas e provocações com clássicos da história da arte. Nela, Pinóquio caminha entre os girassóis de Van Gogh, Mickey e Minnie vivem um romance ao estilo Gustav Klimt, e até o “Pensador” reflete… sentado na privada. De David em uma boate gay a Michael Jackson na Santa Ceia, as obras reimaginam ícones culturais com humor e criatividade. Onde o sagrado e o pop, o clássico e o irreverente se encontram, convidando você a enxergar a arte sob novas perspectivas. Explore, ria e reflita: a arte é uma brincadeira séria.
Obs.: Tão pudica e respeitosa, a inteligência artificial, me surpreendeu o aplicativo de geração de imagem fazer tais intervenções sobre obras consagradas…
Excrementos
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“Excrementos” traz uma reflexão visceral sobre o impacto de figuras históricas que marcaram a humanidade com violência, opressão e injustiça. Por meio de atos simbólicos como urinar, defecar e vomitar sobre suas imagens, a obra expressa a rejeição de valores nocivos que ainda influenciam o presente. Os gestos fisiológicos se transformam em metáforas de libertação, uma forma de expelir aquilo que continua a corroer nossa sociedade. Mais do que chocar, a instalação convida à introspecção e ao confronto com as contradições humanas, questionando como lidamos com os erros do passado e como podemos construir um futuro mais justo.
Não sei se esse tipo de “excrementação” mental passa pela cabeça de vocês – essa vontade de expelir simbolicamente minhas raivas -, mas vivo me perguntando: Em quem vou mijar, cagar ou vomitar hoje? Nesta exposição, entre os ditadores, terroristas, movimentos radicais, racistas e assassinos que foram simbolicamente mijados, cagados e vomitados, estão:
- Adolf Hitler – Responsável pela Segunda Guerra Mundial e pelo Holocausto.
- Saddam Hussein – Ex-ditador do Iraque, envolvido em genocídios e conflitos armados.
- .John Hawkins – Um dos primeiros e mais notórios comerciantes ingleses de escravizados.
- Josef Mengele – “Anjo da Morte”, responsável por experimentos cruéis e desumanos em prisioneiros nos campos de extermínio nazistas.
- Osama Bin Laden – Responsável pelo ataque terrorista de 11 de setembro, entre outros.
- Ku Klux Klan – Símbolo de ódio e violência racista nos EUA.
- Mark David Chapman – Assassino de John Lennon.
- Nathuram Godse – Assassino de Mahatma Gandhi.
- Lee Harvey Oswald – Assassino do presidente JFK dos EUA.
Obs.: Tão pudica e respeitosa, a inteligência artificial, me surpreendeu o aplicativo de geração de imagem fazer tais intervenções sobre personalidades públicas, mesmo que odiadas…
Obs. 2: Em uma versão sem IA, teria todo o prazer em urinar e cagar sobre as fotografias. Mas, vomitar, eu evito ao máximo!
Vodu do Amor
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“Vodu do Amor” é um bonequinho artesanal cheio de charme e significado, disponível nas versões masculina e feminina, que podem ser adquiridas juntos ou separadamente. Ele acompanha uma bolsinha especial para guardar uma mecha de cabelo e um pedaço de tecido da pessoa amada, além de um coração e dois alfinetes para ativar a magia. No local do rosto, você pode adicionar uma foto 3×4 da pessoa desejada, tornando-o ainda mais personalizado e único. Ideal para quem busca um toque místico e romântico!
Objetos sencientes
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“Objetos sencientes” convida o público a refletir sobre a ambiguidade, a ironia e a transformação da funcionalidade dos objetos do cotidiano. Cada peça transcende sua utilidade inicial, questionando as convenções que moldam nossa interação com o mundo material. Por meio de invenções que beiram o surreal e o filosófico, a exposição desafia os limites da forma e da função, revelando novas narrativas e interpretações possíveis para coisas aparentemente banais:
- Lâmpada de 1 vela
Uma lâmpada projetada para emitir exatamente a mesma intensidade luminosa de uma vela, utilizando a vela como unidade de medida de potência. - Cofre ante furto, mas não ante inveja
Um cofre com estrutura externa totalmente transparente, permitindo que seu valioso conteúdo seja visto e invejado por todos, mas protegido contra quaisquer tentativas de furto. - Olho mágico
Um dispositivo ocular que proporciona visão de 360 graus do lado de fora da casa, garantindo segurança aos moradores e mantendo-os atualizados sobre os acontecimentos e conversas na vizinhança. - Sugar Daddy
Um açucareiro estilizado com o rosto do “tio Sukita”, perfeito para marcar território com humor na casa da namorada mais jovem. - Sugar Mommy
Um baleiro criativo com o rosto da “tia Fanta”, ideal para deixar sua marca inconfundível na cozinha do personal trainer. - Porta-retratos
Um porta-retratos que, fiel ao nome, é uma porta em miniatura, a imagem só é revelada ao se abrir a pequena porta. - Relógio de 24 horas
Um relógio analógico inovador, cujo ponteiro das horas completa um giro total ao longo das 24 horas do dia. - Ampulheta catastrófica
Uma ampulheta onde, em vez de areia, pequenas paisagens em miniatura desmoronam de forma dramática à medida que o tempo passa. - Aspirador narigudo
Um aspirador de pó com design literal e inusitado: sua estrutura imita perfeitamente um nariz gigante, transformando a limpeza em um momento cômico.
Mão amiga
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A IA tem sido uma grande parceira na realização de minhas IArtes, músicas e eventuais trabalhos gráficos que ainda faço. Porém, quando se trata de mãos, é preciso estar atento. Elas muitas vezes aparecem com dedos faltando ou sobrando, algumas vezes até soldadas entre si ou sem braços. “Mão amiga” registra essa peculiaridade, que também pode ser observada com pés, animais e rostos com elementos fora de lugar.
Essa semana, precisei de uma imagem simples de mãos dadas entre um pai e um filho para um post no Instagram em comemoração ao Dia dos Pais. Encontrei uma imagem interessante, montei a arte, mas antes de postar, percebi que o dedão da mão do filho estava se fundindo com a palma da mão do pai. Corri para o Canva para criar uma nova imagem e, entre outros duzentos resultados descartados, apareceram verdadeiras pérolas!
Já passei por situações semelhantes, usando diferentes aplicativos de imagem. O Canva, que utilizo para gerar imagens, oferece mais de sete modelos de geradores de imagem, e todos eles apresentam dificuldades com pés e mãos. A ferramenta cria imagens fantásticas, de extrema complexidade, mas quando chega aos nossos extremos – mãos e pés humanos – ela dá tilt!
Como também uso o meu site para refletir sobre a IA e seu uso, decidi fazer este registro.
Sem IA
Esboços, ilustrações e trabalhos realizados
Eu não seria honesto, se não mostrasse aqui um pouco do que já fiz de “arte”.
Eu, às vezes, até tinha uma boa ideia, mas era preguiçoso, descuidado e impaciente demais para fazer arte ou mesmo artesanato. As poucas vezes que fiz algo, até senti satisfação, mas no dia seguinte era indiferente para mim.
No ano em que cursei Arte, na UFRJ, até produzi mais, sobretudo desenhos. Mas não era o que eu queria produzir, eram exercícios demorados e chatos.
Ao contrário da minha produção literária – que sempre dependeu só de mim para ter um produto final – e da minha produção musical – que desenvolvia até ter algo para apresentar a eventuais parceiros músicos e instrumentistas -, nunca imaginei transformar meus esboços de desenhos, pinturas, esculturas e instalações em arte.
Mesmo tendo trabalhado como fotógrafo e designer gráfico de impressos por tanto tempo e até possuir uma habilidade manual acima da média, minha produção artística nunca foi além de ter uma ideia, pensar rapidamente sobre ela e fazer um rabisco no papel ou um registro textual sobre ela. A maior parte desses desenhos, layouts e registros acabou descartado…
A possibilidade de criar imagens utilizando instruções textuais ou desenhos manuais como, mudou completamente esse panorama. Mas o que tenho a apresentar, é muito pouco, comparado à minha produção textual e musical.
Esboços:
[URIS id=1671]
Ilustrações:
[URIS id=1656]
Trabalhos realizados:
[URIS id=1731]
Retratos
[URIS id=1113]
Trabalhando como designer gráfico de impressos, sempre precisava contratar fotógrafos. Era outra realidade, à época, a fotografia era algo que saía muito caro, para a produção de revistas e boletins. Como sabia fotografar, passei a cobrir eventos e fazer registros de entrevistas para ilustrar as publicações que editava.
Fazia muitas fotos, ainda em processo analógico, usando filmes e revelando em papel. Aí veio a foto digital e eu fui parando de fotografar… Faz total sentido, né?
Usei a fotografia digital profissionalmente e fazia registros familiares e de passeios. E perdi muitas fotos em HDs bichados e salvas em nuvens que foram sopradas pelo vento…
Fui ver o que tinha para postar aqui e – Aff! – só tem umas florezinhas fajutas etc… Que seja!
Fotografias
[URIS id=1066]
Minha arte e minha IArte refletem muito quem sou. Ou deveria dizer: minha “arte” e minha “IArte” refletem muito “quem sou”… Tudo entre aspas: “arte”, “IArte” e mesmo “eu”.
Minha imagem, ao longo do tempo, revela o mesmo potencial de ser qualquer coisa ou não ser nada, que a minha arte. Pode até transparecer ou ser tomada, em algum momento, como personalidade. Mas revelam também preguiça, desleixo e falta de talento, pessoalidade e personalidade.
Nunca tive uma personalidade própria. Uma identidade pessoal. Meus retratos, ao longo do tempo registram isso. Uma sucessão de mudanças não planejadas. O cabelo cresce, cresce, cresce e corta. A barba que queria grande, nunca consigo deixar crescer, porque tenho TOC e fico aparando doentiamente. O corpo engorda, engorda, engorda… Vai fazer uma ginástica? Come menos! E as roupas, escolhidas pelo preço ou herdada de irmãos?
Tudo isso, vai além da minha imagem pessoal. Eu sou isso, uma ausência total de identidade e personalidade. Minha arte, meus textos e minha música refletem isso. Refletem esse eu, que não reflete sobre o que é…
Designer gráfico
Vou ficar lhes devendo um portfólio de trabalhos meus trabalhos de designer gráfico!
Apesar de ter trabalhado mais de 20 anos produzindo revistas, boletins e outras publicações institucionais, eu não mantive sequer um portfólio dos meus melhores trabalhos. Também montei painéis para estandes de feiras nacionais e internacionais, desenvolvi apresentações para eventos, fiz anúncios para publicações físicas e digitais e montei sites para empresas e associações.
Trabalhei como diagramador, revisor, fotógrafo, boy, secretária, faz tudo, administrador, empresário, entre outras funções. Cumprindo uma escala de trabalho desumana, virando diversas noites, trabalhando; perdendo finais de semana, trabalhando; sem tirar férias, trabalhando… E, nos últimos anos em que ainda atuava no ramo, tendo que trabalhar mais e mais, para manter meus rendimentos, devido a redução dos valores dos trabalhos que fazia – sobretudo, depois que empresas e associações pararam de trabalhar com publicações impressas.
Minha experiência como designer gráfico, relatada acima, me levou odiar o trabalho como designer gráfico. E quando deixei por completo essa atividade profissional, me desfiz de todas as publicações que guardava. Infelizmente, existiam, em meu portfólio de trabalhos, boas capas de revistas, anúncios, folders, painéis, estandes, sites e fotografias, entre outros trabalhos, que poderiam estar aqui expostos, como trabalhos artísticos realizados sem IA.