Eu, poesias

Eu, poesias

“Eu, poesia” é parte integrante de um projeto autobiográfico intitulado “Eu, fragmentos”. Um trabalho que não visava publicação. Nele, a escrita foi empregada como instrumento para a busca e promoção de autoconhecimento, abrangendo questões que me inquietavam e ainda inquietam.

A partir dos 35 anos, comecei a escrever em cadernos, na forma de diário, e no computador. Acumulei muitos mais manuscritos do que textos digitalizados, foram 18 cadernos de formatos e número de páginas distintos, contra mais de 500 páginas em arquivos Word. Os cadernos foram jogados fora, durante uma crise de depressão. Os arquivos digitais também, mais de uma vez, mas acabaram resgatados de backups dos meus HDs.

Não me julgo uma pessoa merecedora de uma biografia, se eu mesmo não escrevesse sobre mim, ninguém o faria. Tampouco trazem grandes reflexões os meus escritos. Em um determinado momento, até vislumbrei poder, através da revelação de como enfrentava algumas questões pessoais, servir de exemplo. Mas todos os meus esforços não me transformaram em uma pessoa exemplar. E a maioria de minhas questões permanecem a me incomodar.

“Eu, fragmentos”, em sua íntegra, é impublicável. Muitos de meus fragmentos – minhas experiências – foram compartilhados com terceiros, quartos, quintos… Envolvem questões privadas minhas, de outras pessoas que ainda mantenho relação ou perdi o contato, ou nossas. Então, por respeito a mim e às pessoas que compartilharam suas vidas e as dificuldades da vida comigo, mantenho algumas partes e capítulos trancafiados a sete chaves, em meu baú digital de recordações.

“Eu, poesia”, no entanto, é um livrinho leve e despretensioso, por isso resolvi compartilhá-lo. Ele traça um paralelo entre as transformações que eu e minha poesia passamos ao longo da vida. Falando sobre como a poesia entrou em minha vida, o meu questionamento sobre ser ou não ser poesia o que escrevo, as fases que vivi e as temáticas que abordei em minhas poesias, as paradas de produção, a transformação da poesia em composição/música, entre outras questões…

Sejam bem-vindos ao meu fragmento “Eu, poesia”, desejo a todos uma boa leitura!

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