Despertar-se

Despertar-se

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Vida de publicitário, não é fácil. Apesar do glamour atribuído à profissão, grande parte dos seus profissionais vive uma exaustiva rotina de trabalho. Fazendo parte dessa massa e amando escrever, tive que adaptar meus textos a algumas restrições. Dentre elas, a mais cruel, é não dispor de tempo para escrever. Por isso, ao invés de romances ou contos longos, escrevo histórias curtas, no tempo que disponho entre a cobrança de um cliente e a ligação de um prestador de serviço dizendo: Ihhhh, deu ruim!

Todas as grandes histórias que iniciei, terminaram sem terminar. Eu começava a escrever, percebia que elas almejavam algo mais, então me dedicava por um três, quatro, cinco dias e duas madrugadas… E, de repente, pintava um novo trabalho para ontem ou um layout que já estava pronto caía na mesa de um cliente em um dia ruim e voltava todo rabiscado para refazer! Quatro semanas depois, eu já nem me lembrava daquela história tão… tão… Era sobre o que mesmo?

Dessa forma, “Despertar-se” não é fruto de minha criatividade, somente. É resultado, sobretudo, de minha persistência e capacidade adaptativa. Fui me especializando em reduzir, ao invés de fazer crescer histórias. Em desenvolver cenas chaves de histórias não contadas em sua plenitude. Culminando com contos que sintetizam início, meio e fim em poucas páginas.

Particularmente, gostei do resultado. E juntei algumas dessas histórias aqui, nesta minha primeira coletânea de contos.

Os meus textos são meio cruéis, meio divertidos, meio leves, meio pesados, meio pornográficos… Santos? Não, texto meio santo eu não tenho nenhum! Sei lá, eles são meio inclassificáveis. Acho até que eu tenho que mudar um pouco de estilo para almejar voos maiores e/ou atrair leitores. Mas, para isso, preciso otimizar a minha agenda, disponibilizando mais tempo para escrever. Hum…

Por hora, espero que vocês aproveitem a leitura!

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