IArte

IArte

Uma arte que não vingou

Em determinado momento da minha vida, retornei para a faculdade, para cursar Belas Artes no Fundão (UFRJ). Ingressei através de Reingresso, fazendo uma prova prática e apresentando um portfólio. Não tinha pinturas, nem obras de arte finalizadas, mas elaborei esboços de algumas ideias que tinha para instalações, pinturas e esculturas, e acrescentei fotografias e trabalhos gráficos que tinha feito.

O meu trabalho, como Designer Gráfico, me tomava ainda muito tempo e foi difícil conciliar o curso tão longe de onde eu morava e que acontecia em turno integral. No final do segundo semestre, pressionado pelas demandas profissionais, questões pessoais e insatisfação com algumas disciplinas e professores do curso, abandonei a faculdade.

A passagem pela faculdade não me inspirou, nem capacitou, para transformar meus esboços em arte, nem fazer outras obras representativas.

O mais engraçado, é que quando me imaginava artista, em todas as fazes da minha vida, imaginava uma demanda pelas artes plásticas reprimida. Sempre fantasiava um dia começar a pintar ou fazer esculturas e instalações. E tinha muitas ideias.

Mas o tempo fez evoluir a escrita e a composição, em detrimento das artes plásticas. Até mesmo o processo de desenvolver e guardar ideias ou esboços de poesias, contos, romances e músicas, era mais fácil. Os meus desenhos e ideias para esculturas e instalações foram se perdendo em cadernos de notas descartados ou jogados fora a cada seleção do que eu achava bom ou ruim…

Não via nenhuma perspectiva de dar vida ou alguma forma apresentável à minha produção em artes plásticas.

Por isso, além dos poucos esboços que tinha juntado para formar meu portifólio para acesso ao curso de Belas Artes, após abandonar a faculdade, juntei ainda menos esboços e ideias. Os pensamentos até passavam pela minha cabeça e eu pensava: Que legal! Mas deixava eles se perderem em minha falta de lembranças…

Então a IA entrou em minha vida e tive essa ideia: Será que não dá para fazer algo melhor com meus esboços? IArte é o resultado desta experiência!

América Latrina

“América Latrina” provoca uma reflexão sobre as disparidades entre as Américas do Norte, Central e do Sul. A proposta é criticar a concentração dos recursos e do poder no Norte, enquanto para o Centro e o Sul são deixadas as consequências, os resíduos, o descarte de tudo o que é considerado “lixo”. As esculturas simbolizam essa divisão: a tampa da privada representa a América do Norte, enquanto o assento, onde as pessoas se sentam para urinar e/ou defecar, representa a América do Sul. A obra é uma metáfora para a exploração e os contrastes sociais, políticos e econômicos que ainda marcam as relações entre as três Américas.

Obs.: Em meus esboços, imaginava a tampa da privada com o formato da América do Norte e o seu assento e o próprio vaso, com o formato da América do Sul, mas esse resultado não foi possível com a IA.

Telas vestidas

Entrevidros

Namoradeiras

Emoções emparedadas

Desenquadramento

Natureza morta

Merchandising

Do avesso

Mãe

Antitributo

Canecadas

Reino animal

Piolhos

Arte desconstruída

Excrementos

Vodu do Amor

Objetos sencientes

Mão amiga

Sem IA

Eu não seria honesto, se não mostrasse aqui um pouco do que já fiz de “arte”.

Eu, às vezes, até tinha uma boa ideia, mas era preguiçoso, descuidado e impaciente demais para fazer arte ou mesmo artesanato. As poucas vezes que fiz algo, até senti satisfação, mas no dia seguinte era indiferente para mim. No ano em que cursei Arte, na UFRJ, produzi mais, sobretudo desenhos. Mas não era o que eu queria produzir, eram exercícios demorados e chatos em carvão ou grafite.

Ao contrário da minha produção literária – que dependia só de mim para ter um produto final – e da minha produção musical – que, bem ou mal, desenvolvia até ter algo para apresentar a eventuais músicos e instrumentistas -, nunca imaginei transformar meus esboços de desenhos, pinturas, esculturas e instalações em arte.

Trabalhos realizados

Fotografias

Autorretratos

Designer gráfico

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