Novas l Velhas poesias 2

Novas l Velhas poesias 2

Novas l Velhas poesias 2

Meus livros de poesias não são os melhores livros de poesia que eu poderia oferecer. Me perdoem…

Minhas melhores poesias estão espalhadas em outros trabalhos: autobiográficos ou coletâneas de artigos e crônicas. Alguns deles, sem divulgação prevista. Mas as poesias foram criadas para aquele lugar específico – ou foram parar naquele lugar específico – e eu respeito isso.

A coletânea “Novas | Velhas poesias” reúne, praticamente, minhas sobras. São poesias que não foram escritas para, nem agregadas a, um projeto específico – e que também não foram descartadas. Quando ainda possuía redes sociais, elas eram postadas e permaneciam por ali, na minha timeline, só por estar. Já a coletânea “Novas | Velhas poesias 2” reúne poesias de partes excluídas de meus trabalhos biográficos, em suas últimas edições, ou que foram escritas mais recentemente e estavam guardadas na pasta “Textos e músicas” do meu WhatsApp…

Escrever poesias agregadas à prosa é uma característica da minha produção literária. Desde que comecei a escrever, no terceiro ano do segundo grau – em aulas de redação preparatórias para o vestibular. E, na faculdade, esse hábito foi se enraizando e se aprimorando.

À época em que cursei o segundo grau escolar, os exames de vestibular eram no formato de múltipla escolha, por isso todas as avaliações no colégio em que estudava seguiam esse modelo. Praticamente nunca era exigido escrever. Somente no terceiro ano, quando mudei de colégio, passei a ser cobrado nesse aspecto. Meu professor, sarcástico, sempre que avaliava minhas redações, dizia: Sua redação é muito boa, mas não passa no vestibular!

Ao chegar à faculdade de Comunicação Social, reprovei duas vezes Língua Portuguesa I, uma vez Língua Portuguesa II e tirei várias notas baixas em matérias que exigiam escrita. Mas minhas notas foram melhorando e, nos últimos anos do curso, tirava 10 em todas as disciplinas que envolviam escrever. E a poesia fazia parte disso. Mescladas aos meus trabalhos ou às minhas redações, as poesias complementavam ou adornavam as respostas desenvolvidas sobre os temas propostos.

O hábito de intercalar poesia à prosa, mais tarde, se estendeu também à música – que, hoje, é a minha forma de fazer poesia. Assim como antes eu mesclava poesia aos textos, passei a mesclar música às minhas atividades diárias. Era como se eu vivesse num musical: intercalando músicas às conversas, ao trabalho, às lavagens de louça, às faxinas… Na escrita, as poesias surgiam a partir de um tema de prova ou trabalho; na música, vinham de uma conversa, de palavras escutadas – ou faladas – ao acaso.

Nunca me ocorreu selecionar, entre meus textos – publicados ou não – as minhas melhores poesias para editar uma coletânea. Para mim, é como se cada uma tivesse o seu lugar, e não fosse certo tirá-la de lá. Nem sei explicar o porquê, mas minhas poesias estão associadas às experiências que as suscitaram. Um tema, um relacionamento, um sentimento, um ressentimento, uma dor, um amor, uma época ou uma prosa…

Share this content:

Os comentários estão fechados.

Proudly powered by WordPress | Theme: SpicePress by SpiceThemes