Meu lixinho musical

Meu lixinho musical

Para quem acha que “Meu lixinho musical” é meu pior lixo, está enganado. Eu já joguei muita coisa que pensei e/ou produzi fora, mas tenho grande dificuldade em fazer isso. A ponto de ter outra pasta “Meu lixinho”, em meu notebook, com músicas não divulgadas.

Eu tenho certa noção de quão “ponto fora da curva” estou, em relação a qualidade e temática do que produzo. Por isso criei esta divisão aqui no site. Ela apresenta as mesmas identificações de estilo ou falta de estilo apresentadas em “Aloísio + DI”, mas a esquisitice é muito mais minha do que da IA ou DI…

Quando ainda tinha Facebook, postava tudo que me passava pela cabeça, da forma e ordem em que ia chegando. Como resultado, alguém curtia uma postagem em um dia e no dia seguinte sentia vergonha por ter me curtido no dia anterior. Depois de algum tempo, ninguém curtia nada. E, provavelmente, nem se dava ao trabalho de ler ou escutar.

Aqui em “Meu lixinho musical”, provavelmente estão as coisas que deveria ter vergonha de mostrar. Mas não tenho.


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Músicas com cabeça

Na batida

É na batida da bateria
No ritmo da percussão
O artista vai ganhando a vida
Dedilhando o violão

É na batida
É na batida da bateria
É na batida
No ritmo da percussão

Somando-se vem
Guitarra, baixo, bateria
Só falta ela, senhora
Dona da situação

É na batida
É na batida da bateria
É na batida
No ritmo da percussão

Voz aguda
Voz arrastada
Voz grave
Voz de arrastão

À cada um
Sua melodia leva
Arrastando
Uma multidão

É na batida
É na batida da bateria
É na batida
No ritmo da percussão

Amplificando
O amplificador
Fazendo brotar alegria
Despertar o amor

A música tem dó
Mas não tem dono
A noite não pede
A sua permissão

É na batida
É na batida da bateria
É na batida
No ritmo da percussão

O ambiente de som
Se forma
Transforma, transborda
A ilusão

Tudo é único
Tudo é possível
É na batida
Do coração

É na batida
É na batida do coração

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Oh, chuva

A chuva vem
A chuva cai
O solo molha
E a chuva vai

A chuva vem
A chuva cai
O sol reaparece
E a chuva vai

A criança corre pela rua molhada
Pula na poça na maior gargalhada
A mãe reclama e o pai olha pro céu
É a chuva que cai, é a chuva que cai

A chuva vem
A chuva cai
O solo se hidrata
E a chuva vai

A chuva vem
A chuva cai
A água evapora
E a chuva vai

O solo se hidrata e enriquece
A planta cresce forte e floresce
A água evapora e retorna ao céu
Para desaguar chuva em outro lugar

A chuva vem
A chuva cai
Para alegria das crianças
Para desespero dos pais

A chuva vem
A chuva cai
Para alegria das plantas
Para florescer a vida

Oh, chuva seja bem vinda
Oh, não…
Só não pode cair muito
No mesmo lugar

A chuva vem
A chuva cai
Oh, chuva vai

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Beleza

Beleza onde está?
Beleza o que é?
Beleza é de quem?
Beleza do que vem?

A beleza está no belo
A beleza está no feio
Por vezes é o que se vê
Outras formas de olhar

Beleza é luxo
Beleza é lixo
Beleza é perfeição
Também imperfeição

Beleza é tudo
Beleza é nada
É liberdade, é de todos
Não é de ninguém

Beleza é o sorriso da criança
Beleza é a criança do sorriso
Beleza é a alma da criança
Beleza é a criança de toda alma

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De menina a mulher

Parceria Aloísio + Hélida Gmeiner + IA

Batatinha quando nasce
Espalha a rama pelo chão
Menininha quando cresce
Põe a mão no coração

Lá de longe vem um menino
E ela olha para ele diferente
A menininha, já menina é
Mas ainda não compreende

Já pertinho o jovem chega
Ela gosta e se aconchega
A menina, agora jovem é
Permite o que sente e quer

Vem Bernardo, vem Samuel
Vem Arthur e vem Miguel
Coração bate bate acelerado
A jovem está virando mulher

Vem Gabriel, vem Gabriela
Vem faculdade, emprego, liberdade
A escolha certa, a indecisão
Mulher ainda não sabe o que quer

Batatinha quando nasce
Espalha a rama pelo chão
Menininha quando cresce
Seu destino é ser mulher

Vem Cauã, vem Cauã
Não vai, por favor… Fica Cauã
Mulher, agora, de corpo e coração
O destino da menina é ser mulher

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Venturas e desventuras

Venturas e desventuras vivi
Ao seu lado
encontrei coragem
para enfrentar
os desafios
Você foi minha amiga
você é minha parceira
para toda a minha vida
será minha mulher
Não, nem sempre foi
só alegria
foi difícil chegar aqui
com disposição para seguir
Que venham 10 anos ou mais
20 ou 30
e a velhice se abata
e a velhice nos abata
Não, não temo dizer
é a ordem natural da vida
nascer, viver e morrer
e, no meio, tentar ser feliz
Chorar e sorrir
cantar e calar
gritar, correr, dormir
sempre sonhar
Não, eu não temo dizer
eu vou morrer feliz
por tudo o que eu vivi
e deixei de viver ao seu lado
Eu vou morrer feliz
ao seu lado

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Deixe de lamúrias

Deixe de lamúrias coração
Pois tempo que foi não volta não
Sentimentos que causaram dor
Não merecem ser prolongados

Respire fundo, erga a cabeça
E siga, prossiga o seu destino
Mesmo que você não acredite
Mesmo que ache que mereça

Sofrer não é destino pra ninguém

Deixe de lamúrias coração
… Meu coração
Escuta a cabeça
… Minha cabeça

O que é bom é para se guardar
O que é ruim a gente esquece
Sofrer não é
Sofrer não é destino pra ninguém

Respire fundo, erga a cabeça
E siga, prossiga o seu destino
Mesmo que você não acredite
Mesmo que ache que mereça

Sofrer não é destino pra ninguém

Sofrer não é
Sofrer não é
… Nosso destino

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Quando acordar, te conto

Sei lá da minha vida
Quando acordar, te conto
Se nossos caminhos cruzarem
Prometo, te encontro

Com o que vem acontecendo
Só durmo com o sol nascendo
E, todo dia, quando acordo
Penso: Nem fodendo

Sei lá da minha vida
Eu guardo ressentimento
Por você, mais dois ou três
Impedirem meu momento

Mas sei das minhas culpas
Não posso reclamar
Por, no meio do caminho
Minha vida encerrar

E eu sei lá da minha vida
E eu não quero nem saber
Vou vivendo dia a dia
Aquilo que se oferecer

Desviando dos olhares
Fingindo não escutar
O tic tac do relógio
Os ponteiros a girar

Sei lá da minha vida
Da sua, tampouco quero saber
Hoje o mundo pode acabar
Faz tempo, já deixei de viver

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Quer saber?

Está todo mundo querendo saber
o que você quer
mas você não está nem aí
Para saber o que eles querem
ou que eles saibam
o que você quer
Sorria, se quiser sorrir
chore, se quiser chorar
grite, se quiser gritar
Foda-se
é problema seu
não meu
O que você quer
o que você tem
o que você pensa
Foda-se
é problema seu
não meu
Se você joga futebol de botão com os pés
namora com uma boneca inflável
sobe de joelhos a escadaria da Sé
– Tenha fé
Dos meus problemas
e dos meus amores
cuido eu
Se você não tem o que fazer
tenho eu
tenho eu

O que você quer
o que você tem
o que você pensa
Foda-se
é problema seu
não meu
Se você corta a corda para não ter que pular
grita, na foda, mesmo sem gozar
cai de joelhos diante do padre e pede perdão
– Tenha fé
Dos meus problemas
e dos meus amores
cuido eu
Se você não tem o que fazer
tenho eu
tenho eu

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Sessão da tarde

Quando filmes de sessão da tarde
Me fazem chorar
É porque já está na hora
De parar de pensar
Talvez seja covardia ou fuga
Eu não sei precisar
Dizer não ao sentimento
Que insiste em aflorar

Mas eu não sou
Cachoeira
Não sou chuva
Tempestade

Mas eu não sou
Mártir
Masoquista
Para…

Achar graça em chorar

Oh, meu Deus, como eu queria
Suas lembranças, sempre sorrindo
Os sorrisos mais lindos
Que compartilhamos

Mas eu não sou
Cachoeira
Não sou chuva
Tempestade

Mas eu não sou
Mártir
Masoquista
Suas…

Suas lembranças eu quero
Rindo, gargalhando
Cantando, sonhando

Me perdoe Brad Pit
Me perdoe Nicole Kidman
Will Smith, Adan Sandler, Selton Mello
Camila Pitanga, Emma Whatson

Mas eu não sou
Cachoeira
Não sou chuva
Tempestade

Mas eu não sou
Mártir
Masoquista

– Stop!

Suas lembranças eu quero
Rindo, gargalhando
Cantando, sonhando

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O que podemos ser

Depois de algum tempo
Eu parei de perguntar
Sobre os seus sonhos
Sobre as suas alegrias

É que cada um sabe
Do silêncio que carrega
E das dores
Que toma para si

Agora…
Seguimos adiante
Em silêncio e sérios
Sem saber para onde ir

Vida escolhida
Não se discute
Vidas deixadas para trás
Não se lamenta

Cada um
É o que é
Cada dois
O que pode ser

Já fui outro
Com outros, com outras
Hoje, sou este
Com você

Enquanto eu conseguir
Controlar
Minha fala fácil
E meu riso, gargalhada

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Temperamental

Meu coração não respeita
placas criadas pela razão
Quando quer virar ele vira
mesmo na contramão
Meu coração não se limita
à velocidade indicada
Quando quer ele acelera
quando não quer vai devagar

Meu coração não respeita
anda fazendo pirraça
Quando quer virar ele vira
desde que esbarrou em você
Meu coração não se limita
Às vezes até me irrita
Para quando eu quero andar
vive correndo pra lá e pra cá

Meu coração já foi lotada
ele já levou gente demais
Mas hoje ele é egoísta
segue sem sequer me levar
Meu coração já foi lotada
ele já levou gente demais
Mas hoje ele é egoísta
hoje ele só leva você

Segue de farol baixo
meu coração nas noites sem lua
Segue sem destino traçado
sem hora pra ir nem voltar
Ele segue a procurar
ele segue procurando você
Ele segue sem consultar
O que quer ou não quer meu querer

Ele segue a procurar
Ele segue procurando você

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Eu queria poder

Eu queria poder fazer
qualquer coisa para te ajudar
mas estou com as minhas mãos
… atadas

Eu queria poder correr
ao seu encontro para te resgatar
mas estou com os meus pés
… travados

Eu queria poder
dizer palavras doces para te acalentar
escutar suas queixas para te aliviar
mas estou surdo
mas estou calado

Por que você não me chama
quando precisa
não precisa gritar

Por que você não reclama
do peso que carrega
basta sussurrar

Por que você não lembra de mim
eu estou sempre aqui
eu estou sempre aqui
eu estou sempre aqui
… a te esperar

Eu queria poder
fazer qualquer coisa para te ajudar
correr ao seu encontro para te resgatar
dizer palavras doces para te acalentar
ao menos, escutar as suas queixas

Mas eu nada posso fazer
mas eu nada posso fazer
mas eu nada posso fazer
se você não desejar

Mas o que eu posso fazer
mas o que eu posso fazer
mas o que eu posso fazer
para você me desejar

Eu queria poder
eu queria poder

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Quem fui aqui

eu não tenho medo do desconhecido
depois de tudo o que vi perdido
só perder mais, pode ser sentido

coisas boas até podem acontecer
a vida segue alheia ao meu querer
mas, seja o que for, será só por ser

talvez ajudem a passar o tempo
talvez afastem um só pensamento
mas nada vai silenciar o meu tormento

o que antes foi seu, antes foi ter
hoje é só meu, é só sobreviver
fora de mim, não há mais o que viver

hoje eu caminho sem olhar pra trás
mas cada passo pesa por demais
não quero esquecer o que não mais

dentro de mim, ouço o eco de ti
não quero esquecer o que perdi
não quero apagar quem já fui aqui

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Infantil – #SóQueNão

Haja sorrisos

Papai, mamãe
Avôs, vovós
tios, titias
Tantos primos pra brincar

Vizinhos, porteiros
Baleiros, jornaleiros
Curiosos, vendedores
De bolinhas pra soprar

As tias do colégio
O motorista do transporte
Os amigos da pracinha
E também os virtuais

Haja sorrisos pra sorrir
Haja amor pra partilhar
Eu sei que vou crescer
Com todos que cruzar

Eu sei que vou crescer
Com todos que cruzar

Mamãe, papai
Vovós. avôs
Titias, tios
Rá, rá, rá

O Mickey Mouse do parquinho
A Bela Adormecida do teatro
Os atores da tevê
Os cantores das canções

A Galinha Pintadinha
Os bonecos que tem vida
O mundo mágico do Bita
Patati e Patatá

Haja sorrisos pra sorrir
Haja amor pra partilhar
Eu sei que vou crescer
Com todos que cruzar

Eu sei que vou crescer
Rá, rá, rá, rá, rá

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Eu nada sei

Uma garotinha me parou na rua
E me perguntou por que o céu é azul
Sorridente eu respondi pra ela
Queridinha, eu não sei

Insistentemente a garotinha emendou
Outra pergunta que eu não soube responder
Encabulado eu respondi pra ela
Queridinha, eu não sei

Ela quis saber se a Terra é redonda
Se é mesmo a cegonha que nos traz
Por que existem borboletas brancas e amarelas
Queridinha, eu não sei

Ela quis saber porque que chove
E em outros dias fazem sol
Se quando morremos vamos para o céu
Queridinha, eu não sei

Mas era hiperativa a garotinha
Não parava de fazer perguntas
Já sem paciência eu lhe respondi
Queridinha, eu não sei

Por que as flores desabrocham e murcham
Por que a gente tem que crescer
Por que isso e não aquilo
Seus olhinhos brilhantes aguardavam eu responder

Mas eu só sei que eu nada sei
Mas eu só sei que eu nada sei
Mas eu só sei que eu nada sei
Queridinha, eu não sei

Por que os garotos vivem a brigar
Por que as garotas são ciumentas
Por que ela nunca tira 10 na escola
Por que tantas perguntas que eu não sei

Mas eu só sei que eu nada sei
Mas eu só sei que eu nada sei
Mas eu só sei que eu nada sei
Queridinha, eu não sei

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Besteirol – #Perdão

Eu solto a minha voz (ou Música autobiográfica)

Quem canta
Os males espanta
Quando eu canto
Eu espanto até os bons

A minha voz
É desafinada
Descompasso no compasso
Isso nem é o pior

Meu ritmo
É desritimado
Quando esqueço a letra
Canto, mesmo errado

Os amigos
Vão saindo de fininho
Os vizinhos interfonam
Para reclamar

Já fiz aula de canto
Ensaio no banheiro
Mas no karaokê só levo zero
Minha namorada deu no pé

Mas, não quero nem saber

Quando escuto de longe
Uma musiquinha
Eu solto a minha voz
Não gostou, vai se foder!

Quando lembro
Da letra só o refrão
Eu solto a minha voz
Não gostou, vai se foder!

Quando estou
Triste ou alegre, tanto faz
Eu solto a minha voz
Não gostou, vai se foder!

E até mesmo
Cagando no banheiro
Eu solto a minha voz
Não gostou, vai se foder!

Não quero nem saber
Não gostou, vai se foder!

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Galo cantou

Galo cantou
São 9 horas da manhã
Galo lesado
Seu cantar tá atrasado

Galo cantou
As 10 horas da manhã
Galo safado
Foi ciscar com as galinhas no alambrado

Deu 6 horas
E o galo não cantou
Deu 7 horas
E o dia já raiou
As 8 horas
Até seu dono reclamou
Tava cansado
O ponteiro do relógio atrasou

Cócócóricóóóó
Cócócóricóóóó

Sextou

Vai chegando sexta-feira
Corpo e alma se dividem
Ele ressente a semana
Ela anseia o final de…

Sextou!

O corpo tá cansado
E a alma quer se divertir
Eu vou tirar minha capa
Eu vou sair por aí

Vai chegando sexta-feira
Alma e corpo se dividem
Alma quer vida de santo
Corpo quer se perder por aí

Sextou!

A alma tá cansada
E o corpo quer se divertir
Eu vou tirar minha capa
Eu vou sair por aí

Cócócóricóóóó
Cócócóricóóóó

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Preguiça

E se preguiça matasse
Eu não era preguiçoso
Eu já era defunto
Deitado em meu caixão
Com os dois pés juntos

E quando minha mãe se achegasse
Do lado do meu caixão
Eu dava uma piscadela
Cuidado velha
Pra não cair no chão

E quando meu pai se achegasse
Do lado do meu caixão
Eu fechava os olhos bem fechados
Meu velho já partiu dessa
Pra outra dimensão

E se preguiça matasse
Eu não era preguiçoso
Eu já era defunto
Deitado em meu caixão
Com os dois pés juntos

E quando minhas tias se achegasssem
Com seus rosários e romarias
E quando os amigos se achegassem
Com a pendura do bar do outro dia
… Eu prendia a respiração

Nhão, nhão, nhão…
Nhão, nhão, nhão…
Nhão, nhão, nhão…

E quando Maria se achegasse

Nhão, nhão, nhão…
Nhão, nhão, nhão…
Nhão, nhão, nhão…

E encontrasse Joana a chorar
E quando Vivi e Rosinha se achegassem

Nhão, nhão, nhão…
Nhão, nhão, nhão…
Nhão, nhão, nhão…

Também para tomar seus lugares
E quando Marcelo me olhasse carente

Nhão, nhão, nhão
Nhão…
… Não
Peraí, isso não

Eu me levantava
Deixava meu luto de lado
E ia deitar como os meus dois pés
Juntos em outro lugar

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Anoitecer

Ainda vai anoitecer
Ainda vai anoitecer
A noite sempre chega
Vampira do prazer

Ainda vai anoitecer
Ainda vai anoitecer
As bruxas chegam a voar
Algo vai acontecer

Ainda vai anoitecer
Ainda vai anoitecer
As aranhas tecem suas teias
Os lobos começam a uivar

As luzes do castelo se acendem
A velha porta range ao abrir
Os convidados vão chegando
Um vento invade o salão
As janelas batem
Ouço passos na escada

É ela, é ela, é ela

Ainda vai anoitecer
Ainda vai anoitecer
A noite tem vida própria
Ela aguarda por você

Ainda vai anoitecer
Ainda vai anoitecer
A noite tem vida própria
Todos aguardam por você

A noite sempre chega
Vampira do prazer

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Rapunzel

Rapunzel
Rapunzel
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
Me leva para o céu

Dizem que a bruxa é malvada
Todos a temem, ela é cruel
Mas eu não tenho medo
Eu vou salvar a Rapunzel

Rapunzel
Rapunzel
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
Me leva para o céu

Com a minha espada
E os meus braços fortes
Já enfrentei exércitos e dragões
Que venha a bruxa má

Rapunzel
Rapunzel
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
Me leva para o céu

Não é essa bruxa malvada
E sua varinha
Que vão me impedir
Medindo, vara por vara,
Eu sou mais a minha

Rapunzel
Rapunzel
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
Me leva para o céu

Com minha varinha
Eu ou levar ela para o céu

Rapunzel
Rapunzel
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
Me leva aí pra cima
Vamos juntos para o céu

Já enfrentei guerreiros e dragões
Com meus braços a minha espada
O problema não é a velha malvada
O problema é a torre sem escada

Rapunzel
Rapunzel
– Vai…
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
– Você vai gostar…
– Vai…
Me leva aí pra cima
Vamos juntos para o céu

Rapunzel
Rapunzel
Jogue-me suas tranças
Rapunzel
Me leva para o céu

– Vai Rapunzel
– A bruxa foi na floresta procurar ervas para suas poções
– Você vai me deixar aqui polindo minha varinha com as mãos

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É big, é hora, parabéns

Fiz brigadeiro
Cajuzinho, quebra queixo
Bom bocado, gelatina
Cuscuz e tapioca
Para a festa
Da criança
Adoçar

Fiz cachorro quente
Sopa de ervilha
Pipoca, salgadinhos
Filezinho e batata frita
Para a fome
Dos convidados
Aplacar

Enfeitei salão
Com bonecos da Disney
Laços e fitas
Arco de bolas
Toalhas e flores nas mesas
Para aos invejosos
Dar algum assunto
Para falar

Contratei palhaço
DJ e mágico
Garçom e metre
Cozinheiros
Botei a mão no bolso
Sem medo
De gastar

Para o meu filho
É tudo, é tudo
É big, é big, é hora
Parabéns
Sobre a mesa bolo e velas
E dois olhos de sogra
Pois só tinha uma sogra
E, olhos, ela só tinha dois

É tudo
É big, é big
Parabéns
Só estragou a festa
A polícia
Que chegou para soprar as velas
E me levar

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O Natal já era

Centenas de luzinhas piscando
É o Papai Noel chegando
Presentes sob a árvore
Mesa cheia de guloseimas

Ho, ho, ho
Papai Noel
Esse ano fui bonzinho!

Ho, ho, ho
Papai Noel
O que trouxe pra mim?

Presépio, presepada
Panetone, rabanada
Peru
Neve artificial no jardim

Ho, ho, ho
Papai Noel chegou!

Ho, ho, ho
Mas hoje, não…

Mas hoje, não…

Papai, mamãe, irmãos
Vovô, titios, primos
Toda a família reunida
Até o vizinho mala

Já era!

Ceia à meia-noite
Missa do Galo na TV
Fila no banheiro
Epocler pra dormir

Já era!

Ho, ho, ho
Papai Noel
O Natal já era!

Ninguém quer orar
Nem cozinhar, glú-glú
Ceia virou fast food
E a balada segue por aí

Na terceira dose
A risada é fácil
O amasso mais gostoso
Cuidado, senão… créu!

Ninguém quer ir pro céu
Nem agradar o bom velhinho

Já era!

Ho, ho, ho
Papai Noel
Só pensam na farra

E nos presentes pra
Dar, trocar, ganhar

Ho, ho, ho
Dar, trocar, ganhar

O Natal já era!

Ho, ho, ho
Papai Noel
O Natal já era!

Obs.: Perdão, o Natal não é o mesmo Natal para todos. Para mim, com certeza não…

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O Natal fodeu (ou o Natal do catador)

Troca o sino
Pequenino
Por 5 reais
O presépio
É de bronze
Vale um pouco mais

O papai Noel
É de lata
Ele não vale nada
Ou você junta 1000
Ou deixa pro lixão

O presente é caro
O catador só acha
No lixo a sua caixa
Se tem filho…
– Ho, ho, ho, ho, ho

É natal
Bom Natal
Só se for o seu
Pois para aqueles
Que tem nada
O natal fodeu

– Ho, ho, ho, ho, ho
– O Natal fodeu

A rua está cheia
As pessoas indo e voltando
Carregadas de presentes
Mas ninguém vê o catador

– Ho, ho, ho, ho, ho
– O Natal fodeu

Tem peru, panetone, rabanada
A gente também gosta e quer
Tem pavê e pra comer
Mas ninguém vê o catador

– Ho, ho, ho, ho, ho
– O Natal fodeu

E aí a pessoa fica sobre o seu salto alto, com bolsinha Louis Vuitton, vestidinho Dior, perfume Chanel, fazendo crítica social

– Ho, ho, ho, ho, ho

A gente vê seu lixo na frente da sua casa

– O Natal fodeu

E não entende porque a gente rouba o cabo da internet dela, o medidor de luz, os números do portão

– Ho, ho, ho, ho, ho
– O Natal fodeu

– Ho, ho, ho, ho, ho
– O fodeu o meu, fodeu o seu!

Obs.: Perdão, o Natal não é o mesmo Natal para todos. Para os catadores de lixo, provavelmente, também não… KKK

Obs. 2: Perdão aos catadores de lixo por associá-los a roubo de cabos de internet e outros objetos de ferro. Catador é catador e ladrão é ladrão. Os catadores de lixo, com quem já tive a oportunidade de conversar, tinham e viviam com muita dignidade.

Obs. 3: Perdão também às pessoas que usam salto alto, bolsa Louis Vuitton, vestido Dior e perfume Chanel. Apesar de viverem em um mundo completamente distinto do mundo dos catadores de lixo e do meu, suas posses não implicam falta de consciência social.

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Músicas sem cabeça

Manutenção

Estou fechado
Para manutenção
Para reparar
Meu pobre coração

Desde que Manú me deixou
Ele está só na pressão
Bate, bate descompassado
Quase me deixa na mão

E…
Eu…
A… qui…
Sem…
Sa… ber…
Por… quê…

Manú, que tensão toda é essa?
Ontem mesmo parecia tudo bem!
Meu coração, tá faltando uma peça
Tá faltando você, Manú, vem…

E…
Eu…
A… qui…
Sem…
Sa… ber…
Por… quê…

Manú…
Manú…
– Por quê, Manú, toda essa tensão?
Manú… tensão

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Você e eu

Hoje eu dormi mal
Mas de um jeito diferente
Dormir eu até dormi
Mas não relaxei a mente

Os problemas do meu dia
Invadiram os meus sonhos
Eu convoquei Morfeu
Mas no meu sonho ele morreu

Éramos só você e eu
Éramos só você e eu
Revirando problemas
Que sequer viveu

Éramos só você e eu
Que doido
Invés de estarmos nos amando
Estávamos brigando

Que pesadelo foi esse
Acordei de olhos vermelhos
Olhei para os dois lados
E você não estava lá

Que pesadelo é esse
Baby, onde você está
Se a vida imita o sonho
Basta a gente acordar

Éramos só você e eu
Éramos só você e eu
Resolvendo problemas
Que sequer viveu

Éramos só você e eu
Que doido
Invés de estarmos brigando
Estávamos nos amando

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Domingo

Um prego pregado na parede
Sem quadro para pendurar
Hoje estou me sentindo assim
Sem beleza para mostrar

Hoje não tive porque
Me levantar ou me mover
Como se fosse domingo
E a vida permanecesse dormindo

Passa o dia, passa a vida
Quem sabe passo por aí mais tarde
Como quem não quer nada
Como se não tivesse nada a ganhar

Não tenho nada a ganhar

Você já não me alimenta
Minha alma desnutrida nem se aguenta
Segue cambaleando por aí
Me carregando a tira colo

Não tenho nada a ganhar

Hoje não vai ter exposição
A galeria está fechada
O meu corpo tatuado nu
Não interessa a ninguém

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Amargadura

Deixe de lado a sua armadura
Não viva somente de amargura
Abra o seu peito, abra-se
Para amar

Não deixe que a vida lhe aprisione
Não viva com medo, se emocione
Abra o seu coração, abra-se
Para amar

Eu sei nem sempre a vida
Nos protege de todo mal
Vivemos tão intensamente
O agora, alheio ao final

Um contra o outro, sempre
Movidos pelo menos, pelo mais
Caindo, por vezes, levantando
Travando batalhas medievais

Mas nos fecharmos completamente
À vida, não é solução
Contidos, em nossas armaduras
Nos aguardam anos de solidão

Deixe de lado a sua armadura
Não deixe que a vida lhe aprisione
Abra o seu peito, seu coração
Para amar

Não viva somente de amargura
Não viva com medo, se emocione
Não deixe que a vida lhe aprisione

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O Tal

Pare
Pare um pouco pra pensar
Pense
Pense antes de agir
Aja
Aja antes de sair, por aí
Se autoproclamando o tal

Eu sou o tal

Ficar com 10 garotas numa noite
não te torna especial
Transar com uma mulher por dia
não ė bom sinal
Ferir e enganar o outro
não lhe torna o tal

Você não é o tal

Ganhar uma garota é muito mais
do que lhe roubar. um beijo
Fazer amor com uma mulher exige
mais. do que o gozo
Conquistar o amor demanda
…dar e receber
…ganhar e ceder
…viver bons momentos e também momentos ruins

Você não é o tal

Pare
Pare de se enganar
Pense
Pense também no outro
Não
Não seja egoísta
Haja com boas intensões
E com amor no coração

E aí, quem sabe, alguém
Um dia lhe diga: Ô cara
Você é o tal

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Agora é lei

Agora é lei
é obrigado ser feliz
Agora é fácil
é só tomar um comprimido
E tudo o que você quiser
você vai ter
Basta desejar
pra virar realidade

Pois agora é lei
é obrigado ser feliz
Pois agora é lei
é obrigado ser feliz
Agora é lei
é obrigado ser
rá, rá, rá, rá, rá, rá

Nas noites frias
sob a coberta
sempre vai ter
alguém pra amar
Diante do perigo
relaxa meu bem
tem 10 super-heróis
pra te salvar
Não vai ter mais
com o que se preocupar
esfria a cabeça
que agora é relaxar

Pois agora é fácil
é só tomar um comprimido
Pois agora é fácil
é só tomar um comprimido
agora é fácil
é só tomar um
rá, rá, rá, rá, rá, rá

Não vai ter mais
contas pra pagar
Não vai ter mais
trabalho chato para fazer
Não vai ter fila de banco
gente pra criar intriga
Fome, crime ou miséria
não vai ter mais…
do que reclamar

rá, rá, rá, rá, rá, rá
Pois agora é lei
é obrigado ser feliz
rá, rá, rá, rá, rá, rá
Pois agora é fácil
é só tomar um comprimido
rá, rá, rá, rá, rá, rá
Pois agora é lei
Pois agora é fácil
rá, rá, rá, rá, rá, rá

Não vai ter mais sonho
porque não vai ter mais
com o que sonhar

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Brasil

Brasil
Combina
Negro e branco
Amarelo e pardo
Mistura de raça e de côr
Brasil
Combina
Samba e rock
Funk e baião
Mistura de ritmo e som
Brasil
Meu Brasil
Seu
Nosso Brasil
Brasil de todos
De pobres e ricos
Esnobes e humildes
Doutores e analfabetos
Brasil
Combina
Novo e velho
Moderno e retrô
Mistura
De futuro e passado
Um passo adiante
Dois passos atrás
Meia volta, volver
Brasil das mansões
Dos desabrigados
Brasil dos patrões
Dos desempregados
Brasil dos high-techs
Dos catadores de lixo
Meia volta, volver
Meia volta, volver
Brasil é tudo
É nada
É de todos
Não é de ninguém
Brasil
Exemplo e vergonha
Brasil
Meu Brasil
Nosso Brasil
Qual o seu?

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O velho capitão

O velho capitão
ao avistar a terra
resolveu soar
o apito
Puuuuuuuúúú

Foram 4 meses
navegando noite e dia
por mares
calmos e bravios

Velho capitão
tripulação e nau
transportando
ouro e especiarias

Pra satisfazer
a rainha e aos dela
enquanto o seu povo
passa por privações

O velho capitão
ao avistar a terra
resolveu soar
o apito
Puuuuuuuúúú

Foram 4 meses
navegando em alto mar
rezando para ir
rezando para retornar

Velho capitão
tripulação e nau
transportando suas dores
e a alegria alheia

Pra satisfazer
aos outros, não aos seus
por mais uma, duas, três viagens
velha realidade

O velho capitão
ao avistar a terraresolveu soar
o apito
Puuuuuuuúúú
Puuuuuuuúúú
Puuuuuuuúúú

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Um prego na parede

Um dia eu encontrei
Um prego na parede
E me preguei

E ali pregado
No prego na parede
Eu fiquei

Olhando para direita
Olhando pra esquerda
Olhando para frente
Sem olhar pra trás

Anos e anos e anos

Um dia eu encontrei
Um prego na parede
E me preguei

E ali pregado
No prego na parede
Eu fiquei

Sem comer
Sem cagar
Sem dormir
Sem sonhar
Sem tomar banho
E sem cortar
As unhas do pé

Anos e anos e anos

Anos e anos e anos
– Sorria!
– Você está sendo observado

Observando o outro
Sem me observar

Sorria, você está sendo observado
Sorria, você está sendo observado
Sorria, você está sendo observado

Anos e anos e anos
– Sorria!
– Você está sendo observado

Um dia eu encontrei
Um prego na parede
E me preguei

E ali pregado
No prego na parede
Eu fiquei

Olhando para o céu
Olhando para o inferno
Temendo julgamento
Temendo me soltar

Anos e anos e anos
– Não olhe para mim!
– Sorria
– Não, não olhe para mim

Pregado na parede
Sem ninguém me observar

Aguardando o dia que
Alguém venha
Para me libertar

Sorria
Sorria
Sorria

Anos e anos e anos
Aguardando
Você

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Vazio existencial

Eu sou só um cara escroto
Eu sou só um cara escroto
Pedindo o que não posso dar

Eu talvez até pareça
Eu talvez até pareça
Alguém que você possa confiar

Mas não se engane por favor
Escute o que lhe digo
Eu não tenho amor

Mas não se engane por favor
Escute o que todos dizem
Eu não tenho amor

Finjo ser cordeiro mas sou lobo
Finjo ser inocente, até bobo, mas…
Eu não tenho amor

Minto dizendo só verdades
Te engano ao me enganar, pois…
Eu não tenho amor

Eu não tenho amor
Eu não tenho amor

O meu vazio existencial
Eu preencho com
Café e biscoito cream cracker
Com café e cream cracker

Eu não tenho amor
Eu não tenho amor
Eu não tenho amor

O meu vazio existencial
Eu preencho com
Café e biscoito cream cracker
Com café e cream cracker

Eu não tenho mais
Eu não tenho mais
Café e cream cracker

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